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16/10/2013 09:00:00
Biógrafo desmente cantor que disse não ter sido entrevistado
O biógrafo Paulo César de Araújo desmentiu, hoje, a informação de Chico Buarque de que nunca teria sido entrevistado para a biografia "Roberto Carlos em Detalhes" (Planeta), de Araújo, cuja edição e venda foi proibida na Justiça em 2007, após ações dos advogados do biografado.

Folha de SP/LD

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O\n biógrafo Paulo César de Araújo desmentiu, hoje, a informação de Chico Buarque\n de que nunca teria sido entrevistado para a biografia "Roberto Carlos em\n Detalhes" (Planeta), de Araújo, cuja edição e venda foi proibida na\n Justiça em 2007, após ações dos advogados do biografado.\n \n "[...]\n Me disseram que a biografia é a sincera homenagem de um fã. Lamento pelo autor,\n que diz ter empenhado 15 anos de sua vida em pesquisas e entrevistas com não\n sei quantas pessoas, inclusive eu. Só que ele nunca me entrevistou", diz\n Chico em texto publicado no jornal "O Globo".\n \n Araújo\n informa que entrevistou o cantor na tarde de 30 de março de 1992, na casa dele,\n na Gávea. "Como foi uma pesquisa de 15 anos, comecei o projeto em 1990,\n entrevistando quase 175 pessoas. A de Chico, como tantas outras, foi filmada e\n também está registrada em fotos. Ele se esqueceu de que me deu aquela entrevista",\n disse o biógrafo.nbsp;\n \n Sobre\n outra crítica de Chico Buarque -a de que Araújo usou no livro "Eu Não Sou\n Cachorro Não" uma declaração que o cantor não teria dado ao jornal\n "Última Hora" nos anos 1970-, Araújo afirma que citou no livro cerca\n de 300 reportagens de jornais da época. "É um capítulo em que eu falo que\n nenhum artista ficava pisando em ovos como hoje, eles criticavam uns aos\n outros", diz\n \n Chico\n diz no texto que o jornal publicara que ele "teria criticado Caetano e\n Gil, então no exílio, por denegrirem a imagem do país no exterior",\n declaração que seria "impossível" "em pleno governo Médici"\n e deveria ter sido vista "com alguma reserva pelo biógrafo e\n pesquisador".\n \n Segundo\n Araújo, a declaração, tal como reproduzida no livro, não trazia nenhuma crítica\n nacionalista. "Ele disse que a declaração teria a ver com denegrir a\n imagem do Brasil no exterior, mas não era disso que tratava. O jornal “Última\n Hora” informava que, segundo Chico, era questionável Caetano e Gil usarem a\n imagem de exilados para tentar fazer sucesso no exterior". nbsp;
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