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10/10/2013 07:25:12
Copom eleva taxa básica de juros pela 5ª vez seguida, a 9,5%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 9,5% ao ano. A elevação segue o movimento iniciado na reunião de abril, quando a taxa subiu pela primeira vez desde julho de 2011.

Terra/LD

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\n \n \n \t O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou \n nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto \n percentual, para 9,5% ao ano. A elevação segue o movimento iniciado na \n reunião de abril, quando a taxa subiu pela primeira vez desde julho de \n 2011.\n \n \t "Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom \n decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% ao ano, sem \n viés.nbsp;O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a \n inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo \n ano", afirmou o Copom em nota.\n \n \t A decisão do BC em elevar a Selic mostra que a autoridade monetária \n está priorizando o combate à inflação. Na segunda-feira, economistas de \n instituições financeirasnbsp;mantiveram a previsão para o Índice Nacional de\n Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 5,82% enbsp;fizeram um leve \n aumento na projeção de crescimento da economia deste ano, para 2,47%, \n ante 2,40% na semana anterior.\n \n \t De acordo com números do Tesouro Nacional, referentes a agosto deste \n ano, 22,6% da dívida mobiliária federal estavam atrelados à Selic. Com \n base nesse dado, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos \n Socioeconômicos calcula que cada subida de 0,5 ponto percentual na Selic\n equivale a acréscimo aproximado de R$ 3 bilhões/ano na dívida pública, \n transferidos em grande parte para os bancos, que são os maiores credores\n do Estado.\n \n \t A taxa básica de juros cresceu 2,25 pontos percentuais no ano - passou \n de 7,25%, em abril, para os atuais 9,5% - e, de acordo com expectativas \n dos analistas financeiros, deve aumentar ainda mais nas próximas \n reuniões do Copom, no fim de novembro e em meados de janeiro de 2014, \n apesar do abrandamento da inflação nos últimos três meses. Os analistas \n acreditam que a taxa básica de juros terminará o ano em 9,75% ou 10%.\n \n \t "O BC não está dando nenhum indício de que vai parar com o aperto \n monetário, e eu achava que ele podia sinalizar no comunicado que poderia\n parar em breve" afirmou o diretor de Gestão de Recursos da corretora \n Ativa, Arnaldo Curvello.\n \n \t "Provavelmente, na próxima reunião teremos uma elevação de 0,50 ponto \n percentual, mas a dúvida de o que vem depois vai ficar no mercado", \n disse Curvello, acrescentando que a Selic deverá chegar a 10,25%.\n \n \t Cresce cada vez mais entre os agentes econômicos a expectativa de que a\n Selic possa voltar ao patamar de dois dígitos, algo que não se vê desde\n janeiro de 2012, por conta da inflação ainda elevada, e que este ciclo \n de aperto possa se estenda por mais tempo.\n \n \t A pesquisa Focus do BC mostrou no início dessa semana que as Top 5, \n instituições que mais acertam as estimativas, veem a Selic subindo a \n 10,5% ao ano até fevereiro de 2014, com uma elevação de 0,5 ponto em \n novembro, na última reunião do Copom neste ano, e outras duas altas de \n 0,25 ponto em janeiro e em fevereiro.\n \n \t Mas, pelo menos por enquanto, a maior parte do mercado acredita que a \n Selic irá somente a 9,75% e ficará neste patamar ao longo de 2014.\n \n \t O IPCA fechou setembro com alta de 5,86% em 12 meses, no menor patamar \n desde dezembro passado, mas ainda longe do centro da meta de inflação do\n governo, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou \n menos.\n \n \t O próprio BC, em seu último Relatório Trimestral de Inflação, previu \n que a inflação não deve ceder tão cedo, ficando em 5,8% neste ano e 5,7%\n em 2014. Na ocasião, o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton \n Araújo, afirmou que ainda havia "bastante trabalho" para combater a \n inflação.\n \n \t O presidente do BC, Alexandre Tombini, vem reiterando que o objetivo é \n trazer a inflação para a meta de 4,5%, mas sem colocar prazos.\n \n \t A elevação dos juros para combater a inflação tem impacto negativo no \n crescimento econômico, justamente em um momento em que a economia \n brasileira não dá sinais consistentes de recuperação.\n \n
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