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Geral
22/01/2013 07:19:09
Depois de dois anos em queda, desemprego mundial aumenta em 2012
Segundo a OIT, a recuperação da economia mundial não será forte o suficiente para reduzir as taxas de desemprego rapidamente.

Agência Brasil/LD

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\n \n Depois\n de dois anos consecutivos em queda, o desemprego no mundo aumentou em 2012. No\n ano passado, cerca de 197,3 milhões de pessoas estavam sem trabalho, quase 5\n milhões a mais do que em 2011, segundo o relatório Tendências Mundiais de\n Emprego 2013, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que será\n divulgado amanhã (22). A expectativa da OIT para este ano é a de que o\n desemprego cresça ainda mais, chegando a atingir 202 milhões de pessoas até o\n final de 2013, 204,9 milhões até 2014 e 210 milhões até 2018. Segundo a OIT, a\n recuperação da economia mundial não será forte o suficiente para reduzir as\n taxas de desemprego rapidamente.\n \n O\n pico de desemprego na última década foi em 2009, ano da crise financeira\n internacional, com mais de 198 milhões de desempregados. Em 2010 e 2011, houve\n recuperação, com a queda do número de pessoas sem emprego - 194,6 milhões, em\n 2010; e 193,1 milhões, em 2011.\n \n "A\n incerteza em torno das perspectivas econômicas e as políticas inadequadas que\n foram implementadas para lidar com isso debilitaram a demanda agregada, freando\n os investimentos e as contratações. Isso prolongou a crise do mercado laboral\n em vários países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do\n desemprego" explicou, em nota, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.\n \n As\n regiões onde foram registradas as taxas mais altas de desemprego foram o Norte\n da África (10,3%), o Oriente Médio (10%) e o grupo das chamadas "economias\n desenvolvidas" (8,6%) - que inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, o\n Japão, a Espanha e Portugal.\n \n Em\n contraponto, as três regiões com os índices mais baixos de desemprego estão na\n Ásia: no Sul da Ásia (3,8%), na Ásia Oriental (4,4%) e no Sudeste Asiático\n (4,5%). A região da América Latina e do Caribe, grupo em que está o Brasil,\n ficou com taxa de 6,6%.\n \n De\n acordo com a professora de Administração da Universidade de Brasília (UnB) e\n especialista em mercado de trabalho, Débora Barém, os países saíram da situação\n imediata de crise, mas ainda não retomaram suas atividades aos patamares\n anteriores a 2009. Segundo ela, há áreas com expansão na demanda de\n trabalhadores, mas são setores que tinham carência de profissionais\n qualificados anteriormente à crise - como é o caso da Ásia, que, no momento,\n está reorganizando sua estrutura produtiva.\n \n "Comparativamente\n a outros anos, há desaquecimento. Não se está mais em crise, mas não se precisa\n mais da mesma quantidade de mão de obra que se precisava antes, pois se está\n produzindo menos. Estamos em um momento de rearrumação", disse a\n especialista.\n \n \n \n \n
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