Geral
22/11/2012 06:58:47
"Ele está enrolando", diz mãe de Eliza ao deixar tribunal em Contagem
Sônia Moura saiu do fórum por volta da 1h20 desta quinta-feira (22). Macarrão é interrogado desde o fim da noite desta quarta-feira (21).
G1/PCS
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\n \n Ao\n sair do Fórum de Contagem, por volta da 1h20 desta quinta-feira (22), a mãe de\n Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura falou ao G1 de suas impressões sobre o depoimento de Luiz\n Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.
Eu achei que ele fosse ser mais enfático,\n que ele fosse direto ao ponto. Coisa que não está acontecendo, ele está\n enrolando, está dando voltas e voltas, afirmou. Durante a tarde, o advogado\n José Arteiro Cavalcante Lima, que representa Sônia Moura e atua como assistente\n de acusação, declarou ter fechado um acordo com o réu para que ele confessasse\n sua participação no desaparecimento da ex-amante de Bruno.\n \n O\n amigo do goleiro Bruno Fernandes começou a ser ouvido ainda na noite desta\n quarta-feira (21). Em ordem cronológica, ele conta detalhes de como Eliza\n Samudio foi trazida do Rio de Janeiro para Minas Gerais e do período em que a\n ex-amante do goleiro esteve no estado. Sônia Moura disse que tinha outra\n expectativa sobre o interrogatório de Macarrão. O depoimento até agora é só\n enrolação, não está falando nada com nada, inventando história, outra\n história, disse após deixar o plenário, pouco mais de uma hora depois do\n início da oitiva.
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\n De acordo com a mãe de Eliza, o depoimento seria uma encenação. Eles tiveram\n tempo, eles tiveram dois anos e cinco meses para fazer esse teatro, comentou.
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\n Após três dias de júri, Sônia Moura afirmou ainda que está muito cansada e que\n tem enfrentado dificuldades para dormir. Ao deixar o fórum, ela disse que\n seguiria para o hotel onde está hospedada. Segundo o advogado dela, José\n Arteiro, a mãe de Eliza permanecerá em Minas até que a sentença do julgamento\n seja proferida.
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\n Acordo
\n O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que representa a mãe de Eliza Samudio,\n disse nesta quarta-feira (21) ter fechado um acordo com o réu Luiz Henrique\n Ferreira Romão, de apelido Macarrão. "O Macarrão vai confessar tudo, a\n parte dele, do Bruno e do Bola", disse. O defensor atua como assistente de\n acusação no júri popular sobre o desaparecimento e morte da ex-amante do\n goleiro Bruno Fernandes. Lima afirmou que, em troca, ofereceu proteção a\n Macarrão e redução de pena. "Para ele vai ser muito bom", disse o\n advogado.\n \n O\n júri popular do caso Eliza Samudio começou nesta segunda-feira (19) com cinco\n réus no Fórum de Contagem, mas três deles vão a júri posteriormente, após a\n juíza determinar desmembramento: o goleiro Bruno Fernandes, a ex-mulher do\n goleiro, Dayanne Rodrigues, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o\n Bola. A sessão está prevista para março de 2013. Os réus Fernanda Gomes de Castro,\n ex-namorada do atleta, e Macarrão, continuam sendo julgados.\n \n Perguntado\n por jornalistas sobre o assunto da longa conversa que teve com Macarrão dentro\n do tribunal, Lima respondeu que não tem nada para esconder. "Na verdade,\n eu fiz uma proposta pra ele [Macarrão], porque ele foi abandonado. Essas\n alturas o Bruno tá aí com 50 advogados e ele só está com um. A proposta é que\n ele abra a bronca toda, fala onde é que tá o corpo, sobre o Bruno, que o Bruno\n tem a participação, foi o Bruno que mandou, disse.
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\n Lima ainda assegurou que Macarrão não agiu sozinho. "Não quero ver o\n Macarrão preso numa coisa que ele não mandou fazer, entendeu. Que ele foi\n apenas, como disse ele, o jagunço", afirmou. O assistente de acusação\n explicou que propôs ajuda para que Macarrão não corra nenhum tipo de risco e\n disse que vai requerer da Justiça que dê proteção ao preso. Macarrão está\n detido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de\n Belo Horizonte. Ele é julgado por homicídio triplamente qualificado, sequestro\n e cárcere privado e ocultação de cadáver.\n \n Procurada\n pelo G1, a assessoria\n do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) explicou que a confissão é\n considerada atenuante, mas não cabe ao advogado negociar a redução de pena, já\n que esta é determinada pela juíza quando o corpo de jurados decide pela\n condenação. O ato de confessar o crime favorece o acusado, segundo o professor\n de direito penal da PUC Minas Marcelo Peixoto. "Está previsto no Código\n Penal, é um atenuante da pena. Então, se um acusado confessa um crime,\n necessariamente, o juiz deve atenuar sua pena por ter confessado o crime,\n disse.\n \n Quanto\n à inclusão em programas de proteção, o pedido deve ser encaminhado à Secretaria\n de Desenvolvimento Social (Sedese), mas o órgão esclarece que não é feita a\n inclusão de réus presos. O acusado pode requerer se estiver em liberdade.\n \n \n
Eu achei que ele fosse ser mais enfático,\n que ele fosse direto ao ponto. Coisa que não está acontecendo, ele está\n enrolando, está dando voltas e voltas, afirmou. Durante a tarde, o advogado\n José Arteiro Cavalcante Lima, que representa Sônia Moura e atua como assistente\n de acusação, declarou ter fechado um acordo com o réu para que ele confessasse\n sua participação no desaparecimento da ex-amante de Bruno.\n \n O\n amigo do goleiro Bruno Fernandes começou a ser ouvido ainda na noite desta\n quarta-feira (21). Em ordem cronológica, ele conta detalhes de como Eliza\n Samudio foi trazida do Rio de Janeiro para Minas Gerais e do período em que a\n ex-amante do goleiro esteve no estado. Sônia Moura disse que tinha outra\n expectativa sobre o interrogatório de Macarrão. O depoimento até agora é só\n enrolação, não está falando nada com nada, inventando história, outra\n história, disse após deixar o plenário, pouco mais de uma hora depois do\n início da oitiva.
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\n De acordo com a mãe de Eliza, o depoimento seria uma encenação. Eles tiveram\n tempo, eles tiveram dois anos e cinco meses para fazer esse teatro, comentou.
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\n Após três dias de júri, Sônia Moura afirmou ainda que está muito cansada e que\n tem enfrentado dificuldades para dormir. Ao deixar o fórum, ela disse que\n seguiria para o hotel onde está hospedada. Segundo o advogado dela, José\n Arteiro, a mãe de Eliza permanecerá em Minas até que a sentença do julgamento\n seja proferida.
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\n Acordo
\n O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, que representa a mãe de Eliza Samudio,\n disse nesta quarta-feira (21) ter fechado um acordo com o réu Luiz Henrique\n Ferreira Romão, de apelido Macarrão. "O Macarrão vai confessar tudo, a\n parte dele, do Bruno e do Bola", disse. O defensor atua como assistente de\n acusação no júri popular sobre o desaparecimento e morte da ex-amante do\n goleiro Bruno Fernandes. Lima afirmou que, em troca, ofereceu proteção a\n Macarrão e redução de pena. "Para ele vai ser muito bom", disse o\n advogado.\n \n O\n júri popular do caso Eliza Samudio começou nesta segunda-feira (19) com cinco\n réus no Fórum de Contagem, mas três deles vão a júri posteriormente, após a\n juíza determinar desmembramento: o goleiro Bruno Fernandes, a ex-mulher do\n goleiro, Dayanne Rodrigues, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o\n Bola. A sessão está prevista para março de 2013. Os réus Fernanda Gomes de Castro,\n ex-namorada do atleta, e Macarrão, continuam sendo julgados.\n \n Perguntado\n por jornalistas sobre o assunto da longa conversa que teve com Macarrão dentro\n do tribunal, Lima respondeu que não tem nada para esconder. "Na verdade,\n eu fiz uma proposta pra ele [Macarrão], porque ele foi abandonado. Essas\n alturas o Bruno tá aí com 50 advogados e ele só está com um. A proposta é que\n ele abra a bronca toda, fala onde é que tá o corpo, sobre o Bruno, que o Bruno\n tem a participação, foi o Bruno que mandou, disse.
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\n Lima ainda assegurou que Macarrão não agiu sozinho. "Não quero ver o\n Macarrão preso numa coisa que ele não mandou fazer, entendeu. Que ele foi\n apenas, como disse ele, o jagunço", afirmou. O assistente de acusação\n explicou que propôs ajuda para que Macarrão não corra nenhum tipo de risco e\n disse que vai requerer da Justiça que dê proteção ao preso. Macarrão está\n detido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de\n Belo Horizonte. Ele é julgado por homicídio triplamente qualificado, sequestro\n e cárcere privado e ocultação de cadáver.\n \n Procurada\n pelo G1, a assessoria\n do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) explicou que a confissão é\n considerada atenuante, mas não cabe ao advogado negociar a redução de pena, já\n que esta é determinada pela juíza quando o corpo de jurados decide pela\n condenação. O ato de confessar o crime favorece o acusado, segundo o professor\n de direito penal da PUC Minas Marcelo Peixoto. "Está previsto no Código\n Penal, é um atenuante da pena. Então, se um acusado confessa um crime,\n necessariamente, o juiz deve atenuar sua pena por ter confessado o crime,\n disse.\n \n Quanto\n à inclusão em programas de proteção, o pedido deve ser encaminhado à Secretaria\n de Desenvolvimento Social (Sedese), mas o órgão esclarece que não é feita a\n inclusão de réus presos. O acusado pode requerer se estiver em liberdade.\n \n \n
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