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23/02/2013 09:55:44
Fazendeiro que matou indígena de 15 anos entra com pedido de reintegração de posse
O fazendeiro Orlandino Gonçalvez Carneiro, que confessou ter matado o índio guarani-kaiowá de 15 anos Denilson Barbosa, da aldeia Tey ikue, em Caarapó (MS), entrou com pedido de reintegração de posse contra os indígenas.

Agência Brasil/LD

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\n \n O\n fazendeiro Orlandino Gonçalvez Carneiro, que confessou ter matado o índio\n guarani-kaiowá de 15 anos Denilson Barbosa, da aldeia Tey ikue, em Caarapó\n (MS), entrou com pedido de reintegração de posse contra os indígenas. Desde\n segunda-feira (18), cerca de 300 indígenas ocupam a Fazenda Sardinha, onde\n estão construindo barracos. Os índios reivindicam a fazenda como parte do seu\n antigo território tradicional pindoroky. Orlandino ingressou com a ação de reintegração\n de posse na Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul. O coordenador substituto do\n escritório da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Dourados, Vander Aparecido\n Nishijima, informou que o órgão ainda não foi notificado oficialmente a\n respeito, como é praxe ocorrer nessas situações.\n \n No\n início da tarde desta sexta-feira (22), um grupo de pessoas armadas esteve\n próximo à fazenda e disparou três tiros. Os disparos não atingiram ninguém. “As\n informações vindas de lá [da fazenda] é que um grupo de não índios, formado por\n 12 pessoas, efetivou os disparos,” disse Nishijima à Agência Brasil. Nishijima\n negou informações que circularam pela internet de que a Polícia Militar de Mato\n Grosso do Sul, em conjunto com jagunços, iniciou o despejo forçado dos indígenas.\n A Força Nacional está a caminho da área para investigar as denúncias. “Para\n garantir a segurança, fiz contato com a Polícia Federal para verificar o\n ocorrido,” disse. O corpo de Denilson Barbosa, morto com um tiro na cabeça, foi\n encontrado no último domingo (17) em uma estrada que separa a Aldeia\n Guarani-Kaiowá Tey ikue de fazendas existentes na cidade de Caarapó, na região\n sudoeste de Mato Grosso do Sul.\n \n O\n adolescente estava acompanhado do irmão, de 11 anos, e do cunhado, de 20 anos.\n Em depoimento prestado à Polícia Civil, o irmão e o cunhado da vítima disseram\n que os três saíram para pescar no final da tarde de sábado (16) e planejavam ir\n a um córrego cuja nascente fica no interior da terra indígena que cruza algumas\n fazendas. Ao entrar na fazenda, separada da aldeia por uma estrada, e se\n aproximar do criadouro, foram abordados por três homens armados. Os índios\n correram e, durante a fuga, Denilson ficou preso em uma cerca de arame farpado\n que circunda o criadouro. O fazendeiro, então, segurou o jovem pela camiseta e\n o executou com um tiro.\n \n As\n investigações sobre a morte do adolescente estão sendo conduzidas pela Polícia\n Civil, mas os indígenas reivindicam o deslocamento de competência do caso para\n a esfera federal. Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da\n República (SDH) informou que está acompanhado o caso por meio da Ouvidoria\n Nacional de Direitos Humanos e da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos\n da Criança e do Adolescente. A nota diz que “assim que tomou conhecimento do caso,\n a SDH fez gestões nos seguintes órgãos: Polícia Federal, Força Nacional de\n Segurança, Funai, Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul e Ministério\n Público Federal,” com o objetivo é garantir a segurança da comunidade e a\n celeridade das investigações.\n \n \n \n \n
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