Geral
22/07/2013 09:00:00
Governo anuncia corte de gastos de R$ 10 bilhões
O governo anunciou nesta segunda-feira um corte de gastos de R$ 10 bilhões com objetivo de ajudar o Banco Central no controle da inflação, conforme adiantado pela Folha no sábado.
Folha/LD
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\n \n O\n governo anunciou nesta segunda-feira um corte de gastos de R$ 10 bilhões com\n objetivo de ajudar o Banco Central no controle da inflação, conforme adiantado\n pela Folha no sábado. \n \n O\n valor, porém, ficou abaixo do previsto inicialmente e deve ser insuficiente\n para cumprir a meta de economizar 2,3% do PIB para pagar juros da dívida, o\n chamado superavit primário. \n \n No\n início de julho, quando a equipe econômica decidiu fazer um novo contingenciamento\n nas despesas chegou-se a cogitar um corte maior, de R$ 15 bilhões a R$ 20\n bilhões. \n \n No\n entanto, o número final foi menor devido à dificuldade em conter as despesas\n sem atingir áreas prioritárias --como infraestrutura, educação e saúde-- e ao temor\n de parte do governo de que um corte muito amplo piorasse ainda mais o já fraco\n desempenho do PIB (Produto Interno Bruto). \n \n Nos\n últimos dias, os ministérios que integram a junta orçamentária --Fazenda,\n Planejamento e Casa Civil-- divergiram sobre o tamanho do bloqueio. Segundo\n técnicos da Fazenda, um corte muito abaixo de R$ 10 bilhões daria um sinal ruim\n ao mercado financeiro sobre a credibilidade da política econômica. Preocupados\n com o crescimento, Planejamento e Casa Civil chegaram a defender um corte bem\n menor, próximo a R$ 5 bilhões. \n \n Segundo\n a apresentação feita pelo governo, estão preservadas as prioridades do governo,\n e os cortes serão de R$ 5,6 bilhões nas despesas obrigatórias e de R$ 4,4\n bilhões nas discricionárias. \n \n INFLAÇÃO \n \n O\n superavit serve para manter sob controle a dívida pública. Ao conter os gastos\n do governo, porém, contribui também para reduzir a demanda na economia, tirando\n pressão sobre os preços. \n \n A\n inflação acumulada em 12 meses está em 6,7%, acima do teto da meta do governo\n (6,5%). \n \n O\n governo Dilma Rousseff tornou prioridade o combate à inflação alta devido ao\n impacto desta na popularidade do governo e no próprio desempenho da economia,\n na medida em que preços altos corroem o poder de compra da população e\n encarecem a produção nacional. \n \n A\n meta original de superavit primário para o setor público (União, Estados,\n municípios e parte das estatais) era de 3,1% do PIB. Diante das perdas de\n arrecadação com as desonerações e devido ao fraco desempenho da economia, o\n governo reviu a meta para 2,3% do PIB. \n \n \n \n \n
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