Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024
Geral
11/06/2012 09:00:00
"Não sei como consegui fazer aquilo", diz idosa que matou invasor no RS
Eram quase 17h de sábado (9) quando a idosa de 87 anos acordou, abriu os olhos e percebeu que havia alguém em seu quarto, em um apartamento localizado no Centro de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul.

G1/LD

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\n \n Eram\n quase 17h de sábado (9) quando a idosa de 87 anos acordou, abriu os olhos e\n percebeu que havia alguém em seu quarto, em um apartamento localizado no Centro\n de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. Ao se levantar, ela não teve\n tempo de pegar os óculos e o aparelho de audição, que ficam sempre na cabeceira\n da cama. Com a visão embaçada, só conseguia ver uma pessoa que lembrava seu\n neto. Somente depois de ter sido ofendida diversas vezes e de quase ter sido\n estrangulada, é que a mulher percebeu que se tratava de um assaltante.\n \n "Não\n sei como consegui fazer aquilo. Quando reconheci que aquele rapaz não era meu\n neto, peguei uma arma que estava guardada há muito tempo aqui em casa. Ele não\n viu e começou a me xingar e até tentou me estrangular. Foi quando eu\n atirei", conta a idosa ao G1\n na manhã desta segunda-feira (11). Mesmo depois do incidente, ela preferiu\n ficar em casa. Religiosa, ela diz que passa metade do dia rezando pela paz no\n mundo. "Olha, até que eu estou bem tranquila. Elevei meu pensamento a Deus\n e espantei o medo", diz.\n \n A\n moradora disparou uma vez, mas como viu que o homem continuava se mexendo,\n atirou outras vezes. "Parecia um pesadelo, eu não achei que fosse\n verdade", relata a idosa.\n \n Após\n os disparos, a mulher tentou chamar a polícia. Como não teve sucesso, ligou\n para a filha, que estava em uma chácara a 10km de distância do município. No\n entanto, quando a filha chegou ao apartamento da mãe, a polícia já havia\n cercado o local e acalmado a idosa. O homem foi socorrido pelo Serviço de\n Atendimento Móvel de Urgência, mas não resistiu aos ferimentos.\n \n Questionada\n se iria se mudar depois do acontecido, ela descarta qualquer possibilidade de\n isso acontecer. "Nunca. Não quero me mudar daqui. Aqui é meu\n convento", explica. A filha dela comprova o espírito religioso da mãe.\n "Ela só não vai na igreja porque não pode ir sozinha e também não quer\n companhia. Ela reza muito durante o dia em casa por paz no mundo. Quanta\n ironia, não é?", questiona.\n \n O\n delegado responsável pelo caso, Joigler Paduano, afirmou ao G1 que a ocorrência foi registrada normalmente como\n homicídio. "Ela (idosa) se apresentou na delegacia, respondeu aos nossos\n questionamentos e foi liberada. Tratamos isso como um delito de homicídio. Ela\n alegou legítima defesa. Mas é uma situação inusitada. Não há muito o que\n fazer". A idosa responderá ao processo em liberdade.\n \n \n \n \n
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