Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024
Geral
23/10/2013 09:00:00
"Não usamos animais em testes para produtos de limpeza", diz diretora
O Instituto Royal divulgou no começo da tarde desta quarta-feira (23) um vídeo em que a diretora-geral, Sílvia Ortiz, fala sobre as ações que a empresa desenvolve.

G1/LD

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O\n Instituto Royal divulgou no começo da tarde desta quarta-feira (23) um vídeo em\n que a diretora-geral, Sílvia Ortiz, fala sobre as ações que a empresa\n desenvolve.nbsp;Silvia diz que as acusações de que o Instituto Royal\n faz teste de cosméticos e produtos de limpeza nos animais são "mentira".\n \n "Fazíamos\n testes de segurança para medicamentos e fitoterápicos, para cura e tratamento\n de doenças como câncer, diabetes, hipertensão e epilepsia, entre outras, bem\n como para o desenvolvimento de medicamentos antibióticos e analgésicos... Assim\n como em qualquer outro país, essas pesquisas são feitas em animais antes que\n passem para a fase de pesquisa clínica, feitas em seres humanos. O objetivo é\n testar a segurança dos medicamentos de forma que possam ser utilizados pelas\n pessoas como eu e você. Se algum dia você já tomou medicamento contra dor de\n cabeça, gripe ou pressão alta, pode ter certeza que você já voi beneficiado por\n pesquisas feitas em animais", afirma.\n \n O\n vídeo, de quatro minutos, é uma resposta à polêmica sobre o uso de cobaias para\n experimentações científicas feitas pela empresa. A sede do laboratório foi\n invadida na sexta-feira (18) por um grupo de ativistas, que levaram 178 cães da\n raça beagle que eram usados nos testes.\n \n A\n diretora-geral critica os manifestantes e diz que a ação deles, que ela\n classifica como vandalismo, "coloca em xeque o próprio desenvolvimento na\n área da saúde no país". "É triste constatar que um pequeno grupo\n possa colocar tudo isso a perder em nome de uma visão deturpada e a partir de\n uma falta de sensibilidade atroz", afirma.\n \n A\n diretora do instituto também rebate a acusação de que os animais sofriam\n maus-tratos. "Nossos beagles contavam com assistência de nove\n veterinários, praticavam atividades recreativas e recebiam alimentação saudável\n e regulada, que levava em conta a característica de cada animal... Quase todos\n os cães eram colocados para adoção após participarem das pesquisas, sem nenhum\n tipo de risco para as pessoas."\n \n Ela\n termina o vídeo com um pedido para que a sociedade compreenda a importância das\n pesquisas e ajude a "continuar trabalhando pelo bem estar de todos".\n \n Entenda o caso
\n As atividades do Instituto Royal estão sendo questionadas desde 2012, quando o\n Ministério Público passou a investigar o laboratório para apurar denúncias de\n maus-tratos aos animais usados como cobaias.\n \n Após\n organizarem protestos em São Paulo e São Roque, ativistas invadiram a sede da\n empresa na sexta-feira (18) e levaram 178 beagles usados nas pesquisas, além de\n sete coelhos.\n \n Um\n protesto contra o instituto foi marcado pelas redes sociais na manhã de sábado\n (19). Cerca de 700 pessoas se reuniram no km 56 da rodovia Raposo Tavares, na\n entrada que dá acesso ao laboratório. Um grupo de mascarados entrou em\n confronto com a Polícia Militar, que usou balas de borracha e bombas de efeito\n moral para dispersar a multidão. Carros da PM e da imprensa foram incendiados.\n \n A\n Delegacia Seccional de Sorocaba (SP) investiga, simultaneamente, o furto dos\n animais do laboratório e as denúncias de maus-tratos. Pelo menos 20 ativistas\n que participaram da ação já foram identificados e intimados a depor.
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