Geral
20/01/2014 09:00:00
"Rolezinho" é movimento passageiro e mira o preconceito, diz sociólogo
Como lidar com o movimento sem desrespeitar o desconhecido passou a ser, de fato, um questionamento pertinente.
CG News/AB
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Polêmico, o fenômeno rolezinho \n despertou nos últimos dias em todo país uma discussão delicada. Como \n lidar com o movimento sem desrespeitar o desconhecido passou a ser, de \n fato, um questionamento pertinente.Para o sociólogo Paulo Cabral,\n o rolezinho, assim como as manifestações da classe média em junho do \n ano passado em todo país, é um movimento passageiro. Na Capital, o \n primeiro "rolezinho" deverá ocorrer no próximo domingo, a partir das \n 16h, no Shopping Campo Grande.nbsp;É \n um movimento insatisfatório e quando a gente coloca pra fora aquilo que \n queremos manifestar, reclamar, a gente se sente melhor e segue a vida. É\n passageiro como as manifestações em junho do ano passado. É um fenômeno\n localizado, justificou o sociólogo.Cabral concorda que o\n novo movimento nascido nas redes sociais e que já mobiliza a sociedade \n não é caso de polícia, como disse o governador de São Paulo, Geraldo \n Alckmin, em entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo.Porém,\n ele alerta que, assim como qualquer outra aglomeração, o rolezinho \n deve ser monitorado pela segurança pública para evitar problemas de \n ordem. Sempre que acontecem aglomerações, seja ela pelo motivo que for,\n e em qualquer lugar, deve haver o monitoramento, o cuidado da polícia, \n porque pode haver o descontrole. O monitoramento inibe os excessos.Segundo ele, podem ter vândalos infiltrados em qualquer tipo de manifestação.Mobilizando\n de forma consistente a sociedade, o movimento provoca e interfere na \n ordem dos lugares. A ordem é justa enquanto cada um está no seu \n lugar. Mas quando um tenta ocupar o lugar do outro é que acontece o \n problema.No imaginário, as pessoas já concretizam o rolezinho,\n explicou. Se as pessoas imaginam que serão atacadas por um menino da \n periferia e já pensam no estereótipo, isso causa questionamento de suas \n posições, explica.Apesar de o preconceito ser incessantemente \n questionado, o sociólogo garante que o medo e a preocupação são \n compreensíveis. As pessoas se sentem ameaçadas pelo desconhecido. Os \n lojistas estão com medo de um arrastão e os consumidores com medo de uma\n agressão, de um ataque, argumenta.O estereótipo dos jovens é a\n imagem de uma pessoa que alguém chamou de perverso. O oposto do \n mauricinho, da patricinha e isso choca o chique.Justificando o \n imaginário como o motivador, muitas vezes, para o preconceito, Cabral \n diz que o movimento já aconteceu aqui porque as pessoas já estão se \n mobilizando. "A partir do momento que as pessoas se mobilizam isso já \n faz parte do imaginário".O que não pode deixar de ser lembrado, \n mais uma vez, é a força das redes sociais, seja no momento de unir uma \n classe, como na hora de disseminar manifestos. O rolezinho provoca \n uma discussão, incomoda, e as redes sociais servem de palco.
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