"Em nenhum momento peguei este prêmio. Sou inocente". A defesa é\n do homem acusado pelo próprio irmão de ter furtado um bilhete premiado de R$\n 7,8 milhões da Mega-Sena, em Ribeirão Preto (SP). A Polícia Civil apura o caso\n e pediu à Justiça autorização para acessar as imagens gravadas pela câmera da\n lotérica, onde foi feita a aposta que ganhou o prêmio.\n \n A Caixa Econômica Federal (CEF) informou que o dinheiro já foi sacado pelo\n ganhador, mas por medida de segurança não revela sua identidade.\n \n O homem, que prefere não se identificar, disse que não sabe o motivo da\n acusação do irmão. Ele afirmou ainda que é honesto e contou que os dois sempre\n tiveram desavenças. "Estão acabando com a minha vida. Não sei por que ele\n está me acusando, deve ser um problema de cabeça dele. A gente sempre teve\n desavenças, mas não para chegar nesta proporção. Eu nunca pegaria esse\n dinheiro, sou uma pessoa de bem. A minha consciência está limpa", relatou\n o rapaz, que disse estar recebendo diariamente mensagens do irmão com ameaças\n pelo celular.\n \n A história chegou ao conhecimento da polícia depois que o suposto ganhador,\n de 40 anos, registrou, no dia 4 de novembro, um termo circunstanciado no 6º\n Distrito Policial de Ribeirão, comunicando que o bilhete premiado tinha sido\n extraviado. Dias depois, segundo o delegado Samuel Zanferdini, o rapaz informou\n que o próprio irmão teria levado o documento de dentro de sua casa. A suspeita\n foi levantada dois meses depois do sorteio, realizado em 14 de setembro e que\n teve um ganhador de Ribeirão e outro de Guarulhos (SP).
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\n O delegado disse que ainda aguarda uma posição da CEF sobre o assunto para dar\n continuidade ao inquérito. "Ouvi as pessoas envolvidas e oficiamos a Caixa\n para saber se esse prêmio foi mesmo retirado pelo ganhador. Não tivemos retorno\n ainda. Precisamos saber quem foi que retirou. Pedimos as imagens das câmeras da\n lotérica para fazer a identificação de quem fez essa aposta e quem\n retirou", comentou Zanferdini.\n \n O advogado Rafael Rosário Ponce, que representa o irmão que afirma ser o\n verdadeiro dono do prêmio, disse que o seu cliente não confirma as informações\n dadas pelo delegado. "Para mim, o meu cliente não alega que foi o próprio\n irmão que furtou o bilhete. Até porque nas declarações iniciais na delegacia\n ele não acusou ninguém. Ele levantou essas informações e passou ao delegado de\n que supostamente teria sido o irmão. Isso, entretanto, precisa ser\n apurado", comentou.