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ImprimirO ex-juiz federal e advogado Odilon de Oliveira, ainda conhecido pelo público como "Juiz Odilon", se revoltou com a decisão do Supremo de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.
Odilon, que advoga para um acusado de tráfico internacional de drogas, classificou como "desastre" o julgamento do Supremo, que seria motivado, diz ele, pela falta de conhecimento da realidade.
"Na prática, é a liberação não só do consumo, mas também do tráfico até 40 gramas de maconha", reflete o ex-juiz, que ganhou fama nacional e internacional por peitar o crime organizado.
Oliveira entende que, com o novo entendimento, usuária ou não, uma pessoa agora podem circular livremente com até 40 gramas da droga.
"Ao final do dia terá feito uns dez deslocamentos levando droga. Dez vezes 40 totalizam 400 gramas. Se for abordado, bastará dizer que é para uso próprio. Não precisa fazer exame de dependência química", comentou o ex-juiz federal.
O advogado estima que, em breve, o porte de outras drogas, como cocaína e crack poderão ser descriminalizados com base na decisão sobre a maconha.
"Princípio da igualdade de tratamento", refletiu novamente Odilon.
Odilon de Oliveira diz que droga foi praticamente liberada Odilon diz que advogado defende cliente e não o crime (Foto: Reprodução redes sociais)
Advocacia
Odilon de Oliveira defende Hermogenes Aparecido Mendes Filho. O fora da lei é natural de Dourados e apontado como sucessor de um dos principais líderes da facção Comando Vermelho.
A ação penal foi aberta pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. Hermógenes e outro réu foram denunciados acusados de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico transnacional de drogas. No entanto, a imputação do crime de venda de entorpecentes foi derrubada, ao menos nessa ação.