\n São pelo menos 163,4 quilômetros de asfalto entregue neste sábado (27), pelo governador André Puccinelli. A obra contou com investimentos de R$ 215 milhões financiados pelo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Esta ligação asfáltica era tudo que Rubens Catenaci sonhava. São 24 anos de espera e de isolamento. “Trouxe um desenvolvimento grande para o produtor rural. Para fazer 100 quilômetros a gente tinha que percorrernbsp;duas horas e meia. Quando era com o caminhão de boi a viagem chegava a cinco ou seis horas. Hoje saímos de Figueirão e chegamos em Camapuã em cinquenta minutos e em vinte minutos em Alcinopolis”, comparou. Conforme o secretário de estado de Obras, Edson Giroto, a obra exigiu um grande trabalho numa área arenosa que prejudicava qualquer engenharia. “A obra era complexa e tivemos cuidado para ter a estabilidade garantida. As pontes foram localizadas em pontos específicos por causa de novas curvas de rio. Vamos continuar acompanhando todo este percurso. Com tudo isso criamos um polo de desenvolvimento e abrimos nova fronteira econômica do estado”, afirmou. Em substituição as antigas pontes de madeira, o governo do estado construiu pelo menos oito pontes de concreto que consegue suportar mais peso. Toda a infraestrutura trouxe perspectivas de investimentos na produção. Além da melhora genética do gado e de incremento no pasto, a estrada asfaltada facilita a chegada denbsp;insumos agrícolas. “Essa rodovia chegou numa hora em que a pecuária estava necessitando. Nos traz a esperançanbsp; e condições de competitividade com outras propriedades que tem logística. Hoje as pessoas já estão trazendo até indústria de Pínus e integrando lavoura e pecuária”, salientou o produtor rural Sergio Farias. Desde o ano de 1.979 em Figueirão, o produtor rural faz questão de lembrar da época denbsp;isolamento e agora comemora o que considera como integração econômica. “Aqui era esquecido e hoje a gente sai da cidade a qualquer hora em cima do chão preto. O governo olhou para a região norte e nos interligou à Campo Grande”, finalizou Sérgio. Bom para a logística, melhor para a economia. É o que confirma o produtor rural Francisco Carrijo, morador há 43 anos de Figueirão. ”As estradas eram ruins. Hoje ficou mais fácil escoar a produção. Já tive caminhão que teve que ser retirado por um trator na região de Camapuã porque ficou atolado. Isso perdia o valor da minha produção porque o gado chegava todo machucado. Hoje ele chega inteiro no frigorífico”, comentou satisfeito. Uma nova realidade chega para a região norte do Estado e tira definitivamente milhares de famílias do isolamento. O que era chão agora gera expectativa de desenvolvimento e de emprego para muita gente. A pavimentação da MS-436 fecha toda a área que ainda não tinha acesso por asfalto e integra economicamente à BR-359, que interliga os municípios de Coxim e Alcinópolis até a Placa de Mineiros na divisa com Goiás. “Sempre transitamos na MS-436 e vimos pessoas precisando da estrada pavimentada principalmente paranbsp;atender na área da saúde e no transporte escolar. Agora o asfalto vai ligar a região norte à Capital trazendo opções para todos os municípios”, ressaltou o prefeito de prefeito de Camapuã, Marcelo Duailibi. Como um governo municipalista como denominou o governador André Puccinelli, várias rodovias ganharam pavimentação e tirou milhares de pessoas do isolamento. “Quando chegamos ao governo fizemos uma reunião antes mesmo de tomar posse para tentar achar um jeito mesmo com o estado com salários atrasados de fazer com que nenhum município ficasse sem acesso asfaltado. Com o apoio da bancada de deputados e senadores fizemos com recursos próprios, por exemplo, a MS-436”, salientou André. De acordo com o governador, atendendo a um pedido dos moradores da região norte, o governo do estado pavimentou a rodovia MS-306 em Chapadão do Sul, assim como a BR-359 que liga por asfalto Coxim à Placa dos Mineiros, na saída para Goiás, este último com 80% de recursos do governo federal. “A MS-346 foi realizada com recursos nossos e para mostrar que aqui não existem só moradores de Figueirão, de Camapuã, Chapadão do Sul, mas sul-mato-grossenses”, finalizou emocionado. \n \n