Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024
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21/11/2012 09:00:00
Assistente de acusação teme que Macarrão assuma toda a culpa
Em entrevista à Globonews, Karpinski comentou o que chamou de "manobra" da defesa de Bruno. O fato, porém, não tem a confirmação da defesa de Macarrão.

G1/LD

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\n \n O\n assistente de acusação no júri popular sobre o desaparecimento e morte de Eliza\n Samudio, Cidnei Karpinski, que é advogado do pai da jovem, disse, na manhã\n desta quarta-feira (21), que existe a possibilidade de haver um plano para que\n o réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, assuma toda a culpa pelo\n assassinato de Eliza, para que o goleiro Bruno seja inocentado. "Não se\n surpreendam se esse réu [Macarrão] também assumir toda a culpa, tirando das\n costas do Bruno".\n \n Em\n entrevista à Globonews, Karpinski comentou o que chamou de "manobra"\n da defesa de Bruno. O fato, porém, não tem a confirmação da defesa de Macarrão.\n Ele ainda criticou a estratégia de defesa dos advogados de Bruno. "Pra\n nós, é lastimável a conduta, embora seja legal, é totalmente antiética, da\n defesa, porque vem tentar aproveitar-se de uma questão legal para que o réu não\n seja submetido a um conselho de sentença feminino [o corpo de jurados tem seis\n mulheres e um homem]. Ficou evidente isso".\n \n Karpinski,\n que é advogado do pai de Eliza Samudio, falou sobre como se sente seu cliente\n em relação ao processo. "Seu Luiz está bastante abatido. Diga-se de\n passagem, seu Luiz foi a pessoa que criou Eliza Samudio desde pequena. Esse\n contato maior foi com o pai e com a madrasta. Ele está bastante chateado. Ele\n sente, e também em razão de não poder estar presente, toda a situação. Mas como\n pai tem sentido muito. Temos feito contato com ele através do nosso escritório,\n em Foz do Iguaçu, e isso tem o tem deixado bastante angustiado", contou.\n \n O\n goleiro constituiu um novo advogado nesta quarta, Lucio Adolfo Silva, e, com\n isso, teve o júri desmembrado de demais réus, e será julgado em março de 2013.\n O novo defensor assume a liderança da defesa do atleta, no lugar de Francisco\n Simim.\n \n Novo defensor
\n O\n advogado Francisco Simim, que defende o goleiro Bruno no processo do\n desaparecimento e morte de Eliza Samudio, será substituído por Lucio Adolfo da\n Silva. A substituição foi aceita pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues nesta\n quarta-feira (21), terceiro dia do júri popular, em Contagem. Segundo Simim, a\n mudança, que implicou no adiamento do júri do goleiro, foi uma estratégia. “É\n estratégia sim, porque a gente precisava de mais tempo para estudar o\n processo”, disse o advogado.\n \n De\n acordo com Simim, o desmembramento valeu para “ganhar prazo, porque tem um\n habeas corpus para ser julgado”, se referindo ao pedido de soltura impetrado\n pela defesa do goleiro no Supremo Tribunal Federal (STF), e ainda não julgado.\n Segundo o advogado, o novo defensor será o único representante de Bruno no\n plenário, a partir de hoje. Mas, nos bastidores, Simim disse que toda a equipe\n continua trabalhando pela defesa do goleiro.\n \n Lucio\n Adolfo, disse em entrevista, na porta do fórum de Contagem, que não conhece\n nada das 15 mil páginas que integram o processo, e que o prazo era necessário\n para a leitura dos autos. “Fui chamado para participar da defesa do Bruno hoje.\n Não conhecia o processo. Pedi à juíza um prazo para que eu pudesse analisar a\n matéria junto com o doutor Tiago Lenoir e o doutor Francisco Simim. E vamos\n fazer isso”.\n \n O\n novo advogado contradisse Simim, ao afirmar que a substituição não é uma\n estratégia da defesa. "Absolutamente. Não é uma estratégia, é uma\n necessidade". E disse ainda que a juíza foi "muito compreensiva"\n ao lhe conceder o prazo de dois meses para a leitura do processo. "Vou me\n debruçar sobre o proceso. (...) O prazo é bom. Não é manobra. Não vou forçar um\n adiamento", completou.\n \n Desmembramento
\n O\n julgamento do goleiro Bruno Fernandes foi desmembrado e adiado para março de\n 2013, segundo decisão da juíza Marixa Fabiane, anunciada nesta quarta-feira\n (21), no Fórum de Contagem, em Minas Gerais. O goleiro foi retirado do plenário\n para ser levado novamente para a penitenciária Nelson Hungria.\n \n O\n adiamento foi concedido pela juíza a pedido da defesa de Bruno. O advogado\n Francisco Simim, que defendia o goleiro, apresentou um documento transferindo\n seus poderes a outro advogado, Lúcio Adolfo. Chamado de substabelecimento sem\n reserva de poderes, o documento pediu a substituição de Simim por Adolfo, que\n alegou não conhecer o processo para pedir o adiamento.\n \n É\n a segunda tentativa de adiamento de Bruno, que na terça-feira (20)nbsp;pediu a\n destituição de seus advogados Rui Pimenta e Francisco Simim. Na terça,nbsp;\n juíza Marixa Fabiane aceitou o pedido de destituição de Pimenta, após o jogador\n alegar que não se sentia seguro para continuar com ele, e negou o de Simim.\n \n Segundo\n o promotor Henry Castro, o atual defensor do goleiro, Simim, apresentou nesta\n quarta-feira um documento chamado substabelecimento pedindo sua substituição\n por Silva, dando poderes ao novo advogado. O promotor afirmou que o pedido é\n uma "manobra" da defesa para adiar o julgamento.\n \n A\n juíza afirmou que "não obstante haver claras evidências de manobra, por\n outro lado também é verdade que o documento que foi apresentado a mim foi de\n substabelecimento", justificando sua decisão. "Estou acolhendo o\n pedido da defesa para conceder ao advogado prazo para o conhecimento do\n processo", disse ela.\n \n O\n promotor afirmou que os advogados de Bruno atentam "contra quem quer\n trabalhar". O Código Penal, lembrado por ele, prevê multa de dez a 100\n salários mínimos por abandono de processo que não for por motivo imperioso.\n \n O\n julgamento continua para dois outros réus no processo: Luiz Henrique Romão, o\n Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro.\n \n Destituição
\n O goleiro argumentou, na terça-feira (20), que pediu a destituição de Simim por\n ele representar sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues, ré na ação. A magistrada\n entendeu que o goleiro pretendia adiar seu julgamento e negou a solicitação,\n mas Bruno negou esse objetivo e alegou que não queria prejudicar a defesa de\n Dayanne.\n \n O promotor do caso\n pediu para que Dayanne, que responde à ação em liberdade, tivesse mais tempo\n para ser defendida por outro advogado. Bruno, réu preso, tem preferência de julgamento.\n A juíza seguiu este entendimento e determinou que Dayanne seja julgada em outra\n data, possivelmente junto com Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que\n conseguiu o desmembramento do júri.\n \n \n \n \n
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