Domingo, 8 de Junho de 2025
Geral
12/12/2013 09:00:00
Audiência sobre execução de delegado é marcada por atraso e pedido cancelamento
No próximo dia 18, os réus – o guarda municipal José Moreira Freires, 40 anos, e o segurança Antônio Benites Cristaldo, 37 – serão ouvidos pela Justiça.

CGNews/LD

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A segunda \n rodada de audiências sobre a execução do delegado aposentado Paulo \n Magalhães, morto no dia 25 de junho em frente a escola onde a filha \n estudava, na Rua Alagoas, em Campo Grande, aconteceu nesta quinta-feira \n (12) e foi marcada por 45 minutos de atraso, pedido de cancelamento e \n falta de testemunhas. No próximo dia 18, os réus – o guarda municipal \n José Moreira Freires, 40 anos, e o segurança Antônio Benites Cristaldo, \n 37 – serão ouvidos pela Justiça.Das \n 12 pessoas arroladas para prestarem depoimentos, apenas oito \n compareceram. Quatro testemunhas de acusação, três de defesa e uma \n declarante foram ouvidas pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª \n Vara do Tribunal do Júri, no Fórum da Capital. As testemunhas faltantes \n foram arroladas pela defesa: três não foram e uma foi dispensada.O\n advogado de defesa de Freires, Renê Siufi, questionou o juiz sobre a \n escuta ambiental que foi colocada na delegacia de polícia quando um dos \n presos estava lá. De acordo com Siufi, as escutas foram retiradas do \n processo. Ele pediu para que as gravações façam parte dos autos. Já o \n juiz foi contra o pedido e afirmou que os áudios não serão colocados nos\n autos porque a gravação foi da polícia e juntada no processo depois.As\n quatro primeiras testemunhas ouvidas foram de acusação. O depoimento de\n uma mulher que morou com Rafael Leonardo dos Santos, 29, encontrado \n morto sem cabeça, braços e pernas próximo ao lixão, abriu a audiência. \n Rafael teria participado do assassinato de Paulo Magalhães dando \n cobertura a Freires e Benites.Os \n investigadores da Polícia Civil Osmar Dorico de Souza e Eliezer Carneiro\n Torres deram continuidade nos depoimentos de acusação. O delegado do \n Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos\n e Sequestros), Alberto Vieira Rossi, foi o quarto responder os \n questionamentos da promotoria.Felipe\n Guimarães Cristaldo, primo do Benites, foi ouvido como declarante. \n Inicialmente, ele era classificado como testemunha de acusação, mas como\n é parente do réu, o juiz entendeu o depoimento dele não poderia \n incriminar o primo. Uma pausa de 10 minutos na audiência ocorreu por \n causa de Felipe. O promotor Humberto Lapa Ferri acionou a testemunha de \n última hora em substituição a outra. Nesse meio tempo, Siufi pediu para \n que a audiência fosse cancelada.Felipe\n foi arrolado como testemunha de acusação porque, na polícia, chegaram a\n questionar quem pagava o advogado de Benites. Felipe disse que não \n tinha contato com o primo, apesar do parentesco. Ele garantiu que só \n encontrava Benites em festas de família.As\n outras testemunhas que prestaram depoimento foram de defesa. Cleber \n Rodrigo Araujo Barbosa, Altinor Siqueira Filho e Nilson Oliveira \n Cavaleiro eram conhecidos de Benites e moram no mesmo bairro que o réu, a\n Vila Popular.Eles foram \n questionados pela promotoria se sabiam que Benites trabalhava no jogo do\n bicho, já que o réu é segurança. Perguntas sobre o veículo que o réu \n usava e sobre o padrão de vida dele também foram feitas.O\n promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime \n Organizado), Marcos Roberto Dieltz, participou da segunda rodada de \n depoimentos. Ele foi impedido de participar da primeira porque o \n advogado de defesa alegou excesso de acusação. Mas, dessa vez, o juiz \n aceitou o participação dele nas oitivas.Dieltz\n afirmou que o Jogo Bicho é uma das linhas de investigação e que “a \n audiência foi positiva e só confirma a investigação policial”. “O MPE é \n um órgão único e em tese como o crime pode ter sido cometido por uma \n organização criminosa o Estado também se juntou para colaborar com a \n investigação”, disse.Ele não quis \n dizer nada sobre um possível mandante que encomendou a morte de Paulo \n Magalhães. “Essa é uma segunda parte da investigação. Seria imprudente \n adiantar algo sobre isso”, afirmou.Para\n o advogado Siufi, ninguém, em nenhuma das duas audiências, esclareceu \n algo sobre o crime. “Não tem provas concretas”, disse. Siufi diz que as \n respostas são sempre “não participei”, “não sei” e “não estava lá”. \n “Estão sempre se esquivando”, opinou.A\n última rodada de audiências sobre a execução de Paulo Magalhães será no\n dia 18 de dezembro quando os dois réus serão ouvidos. Além deles, \n testemunhas de defesa de Freires também prestarão depoimentos.
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