\n \n \n \t O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, \n disse hoje (20) que não tem queixas sobre o ritmo de julgamento do \n mensalão, que considera normal. Os ministros entraram hoje no décimo \n segundo dia de trabalho, com a continuação do voto do relator do \n processo, Joaquim Barbosa, ainda em fase inicial.\n \n \t “Barbosa está fazendo leitura pausada em nome da clareza, mas essa \n pausa não significa lentidão necessariamente”, disse o presidente. Antes\n do início do julgamento, Britto defendia que a análise do processo iria\n terminar no final de agosto. Mas tudo indica que as cinco sessões \n plenárias restantes até o final do mês não serão suficientes para que \n tudo seja concluído.\n \n \t De acordo com Ayres Britto, o voto do revisor, ministro Ricardo \n Lewandowski, ainda não deve começar nesta segunda-feira. O presidente do\n STF disse que a sessão de hoje deve ser encerrada assim que o relator \n Joaquim Barbosa terminar a votação relativa ao terceiro capítulo, que \n trata dos crimes de desvio de recursos públicos.\n \n \t “Hoje termina o terceiro item e tudo indica que não haverá tempo para o\n revisor votar. Após o voto do ministro Joaquim Barbosa proclamando o \n resultado – é uma proclamação parcial em relação ao processo – eu \n interrompo a sessão”, disse Britto, no intervalo.\n \n \t O julgamento foi retomado nesta tarde com a continuação do voto de \n Barbosa, o que pegou vários ministros e advogados de surpresa. Eles \n acreditavam que Barbosa abriria a palavra para a votação dos demais \n ministros com relação ao item que trata de desvio de dinheiro na Câmara \n dos Deputados, apresentado pelo relator na última quinta-feira (16).\n \n \t Barbosa, no entanto, continuou votando o segundo e terceiro itens do \n terceiro capítulo, que dizem respeito aos crimes envolvendo contratos \n entre o Banco do Brasil e a DNA Propaganda e desvios do fundo Visanet, \n respectivamente.\n \n \t Ayres Britto disse que ainda não sabe que ordem o relator seguirá após o\n terceiro capítulo. “Vou perguntar a Barbosa qual item sobrevirá ao \n três. Não é necessariamente o [item] quatro”, adiantou o presidente da \n Corte. Quando a denúncia foi recebida, em 2007, o relator não seguiu a \n ordem numérica dos capítulos.\n \n \t Ayres Britto ainda pontuou que a participação do ministro Cezar Peluso \n no julgamento é “um prognóstico que ninguém pode fazer”. Peluso se \n aposenta compulsoriamente no dia 3 de setembro, ao completar 70 anos de \n idade. Sua última sessão plenária será no dia 30 de agosto.\n \n \n \n \n