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ImprimirNa segunda-feira (18), Mateus Fernandes Araújo, de 22 anos, e Carlos Batista Lima, 28 anos, foram condenados pelo latrocínio que vitimou o policial civil Joel Benites da Silva, 53 anos. O crime ocorreu em 20 de agosto de 2020, quando a dupla tentou assaltar o policial, lotado no GOI (Grupo de Operações e Investigações).
A decisão é do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. Conforme o magistrado, a denúncia pelos crimes de latrocínio – roubo seguido de morte – e porte ilegal de arma de fogo foi recebida em setembro de 2020. No decorrer do processo, Mateus chegou a alegar que foi convidado por Carlos a participar do assalto.
Mesmo assim, Carlos teria dito que a arma que usava, um revólver Taurus calibre 32, era de brinquedo. Dizendo que nunca tinha visto ou portado uma arma, Mateus afirma que acreditou. Além disso, não chegou a ver o comparsa atirando, porque quando Joel sacou a pistola ele teria corrido.
Com a análise dos fatos, o juiz decidiu por condenar Mateus a 11 anos, 3 meses e 30 dias-multa pelo roubo majorado pelo concurso de pessoas e com uso de arma de fogo. No entanto, considerando participação de menor importância. Já Carlos foi condenado a 20 anos e 10 dias-multa por latrocínio. Ele foi absolvido do crime de porte ilegal de arma de fogo.
Os dois cumprirão a pena em regime fechado e também não poderão recorrer em liberdade. Eles ainda foram condenados a arcarem com as custas do processo.
Relembre o caso
Joel estacionou o Voyage na frente da casa da filha, no Jardim Leblon, desceu do carro e percebeu a aproximação dos dois bandidos. Assim, ele abriu a porta traseira do carro, como mostram as imagens das câmeras de segurança, e logo foi abordado pela dupla.
A princípio Carlos portava o revólver calibre 32 e anunciou o assalto. Logo o investigador que era lotado no GOI reagiu, pegou a pistola que estava atrás do banco do carro e houve uma troca de tiros. Joel teria sido atingido por três disparos e chegou a ser socorrido, mas morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon.
Após o crime, os dois bandidos ainda tentaram fugir, mas foram detidos por equipe da Polícia Militar. Tão logo foi detido, Mateus entregou o comparsa, dizendo que era Carlos que estava com a arma. Carlos foi atingido por um disparo e foi levado ao hospital, ficando internado na Santa Casa de Campo Grande.
Mateus chegou a alegar em depoimento que eles não sabiam que a vítima era policial. Além disso, que foi convidado a participar do roubo e que Carlos teria aleatoriamente escolhido a vítima.