Assim como ocorre em várias cidades brasileiras, beneficiados com o auxílio emergencial de R$ 600 estão sendo vítimas de golpistas em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Pelo menos 20 pessoas já procuraram a Polícia Civil para denunciar o golpe. Só nesta semana foram cinco boletins de ocorrência registrados na Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário).

Inquérito foi instaurado na 1ª Delegacia de Polícia de Dourados para investigar os casos. Ao Campo Grande News, o delegado Adilson Stiguivitis Lima, titular da 1ª DP, disse que os golpes são semelhantes aos ocorridos em outras regiões do país. Geralmente, as vítimas acessam links enviados pelas quadrilhas ou usaram senhas fáceis, como data de aniversário, facilitando a vida dos golpistas.

Homem de 58 anos, morador no Parque Alvorada, região oeste de Dourados, é uma das vítimas. Ele procurou a Polícia Civil e contou que recebeu primeira parcela do auxílio emergencial diretamente em sua conta poupança do Banco Itaú.

Depois de vencido o prazo para crédito da segunda parcela e como o dinheiro não tinha “caído” em sua conta, ele procurou uma agência da Caixa Econômica Federal para saber o motivo da demora. Descobriu que auxílio havia sido usado de forma fraudulenta, para pagamento de boleto digital de R$ 599,99 no dia 5 deste mês.

Outra vítima foi uma mulher de 38 anos, moradora no Parque das Nações I Plano. Depois de receber a primeira parcela, ela procurou a Caixa para saber do segundo pagamento e foi informada que os R$ 600 tinham sido usados para pagar dois boletos, de R$ 500 e R$ 100, no dia 3 deste mês.

Mesma situação ocorreu com uma douradense de 33 anos, moradora na Vila Ubiratan. Ela recebeu a primeira parcela, mas ao procurar o banco oficial para saber da demora na segunda parcela descobriu que o dinheiro tinha sido usado para pagar boleto de R$ 599,36.

“Possivelmente são vítimas que acessam links falsos. Tem a questão de senha também, pessoas colocam data de nascimento, por exemplo, o que facilita a captação da senha por hackers. Mas temos outras linhas de investigação”, afirmou o delegado.

Segundo ele, a Caixa tem analisado os casos e quando fica comprovado o desvio do dinheiro por meio de fraude o valor é repassado aos verdadeiros beneficiados.