\n \n O\n recente crescimento nas importações de automóveis e peças do México, somado à\n intenção do Brasil de mudar a alterar a forma de cálculo do índice de\n nacionalização de seus veículos, leva o governo a estudar a revisão do acordo\n automotivo que possui com o país.\n \n Por\n conta da parceria, os carros mexicanos não são considerados como importados, e\n não estão sujeitos à elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)\n que vigora desde o mês passado para os veículos que não possuam pelo menos 65%\n de conteúdo nacional.\n \n Nesta\n quarta-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior\n confirmou que o acordo automotivo está sendo "analisado e estudado".\n \n Apenas\n no ano passado, mesmo antes da entrada em vigor do imposto, o Brasil teve\n déficit no comércio de produtos automotivos de mais de US$ 1,5 bilhão com o\n país.\n \n Desde\n dezembro do ano passado, o governo vem negociando com o México, sem sucesso, o\n endurecimento do cálculo do índice de nacionalização naquele país. \n \n O\n ministro Fernando Pimentel afirmou no final de 2011 que o governo planeja que,\n em vez de o percentual de 65% ser aplicado sobre o preço de venda dos carros\n (em que, além do processo produtivo estão embutidos processos administrativos,\n marketing, mão de obra e o lucro da empresa), o índice seja calculado somente\n com base no processo produtivo da montadora.\n \n Se\n o Brasil mudar a regra e o parceiro comercial não, os veículos produzidos no\n México ficariam mais competitivos do que os brasileiros, e o governo teme uma\n invasão de carros produzidos naquele país.\n \n Hoje\n as montadoras mexicanas possuem elevada capacidade ociosa devido à crise que\n atinge a economia americana. Entre os veículos produzidos no México, estão\n carros médios como o Civic (Honda), o Corolla (Toyota) e o Jetta (Volkswagen).\n \n Segundo\n dados da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos), a participação dos\n importados no mercado brasileiro subiu de 18% em 2010 para 23,6% no ano passado.\n \n \n \n