Midiamax/LD
ImprimirClima quente e seco é alvo de reclamação de muitas pessoas, mas para os produtores o tempo tem ajudado a acelerar a colheita do milho nas regiões em que a cultura foi plantada mais tarde e ainda não havia sido retirada. Com isso, os trabalhos no campo ganharam intensidade na última semana e a safra do milho 2019/2020 se aproxima do final. A projeção é de produção geral de 8,65 milhões de tonelada com produtividade média de 76 sacas por hectare.
Estima-se que as últimas áreas com milho sejam colhidas até dia 18 de setembro. “Essa semana demos um salto na colheita porque esquentou à noite, o milho perdeu umidade e se consegue dar marcha no trabalho. Na região Sul, que estava com esse problema da temperatura, tivemos uma correria grande de seis, sete dias em que foi possível entrar mais cedo na lavoura e sair mais tarde”, avalia o presidente da Aprosoja, André Dobashi.
Na região Norte, que plantou e colheu primeiro, a produtividade foi maior, superou 100 sacas por hectares. “Isso é acadêmico, semeou cedo sai na frente, tem um ganho muito grande em função, principalmente, de luz e temperatura, e escapa dos fatores que geralmente prejudicam a produtividade que é frio e seca”, diz Dobashi. Nas lavouras remanescentes a tendência é de queda na produtividade. Algumas áreas tiveram problemas com vento, granizo e excesso de chuva que danificaram lavouras.
A área plantada com milho em Mato Grosso do Sul está confirmada em 1,895 milhão de hectares. Há uma redução de 12,79% quando comparada com a área da safra 2018/2019, que foi 2,173 milhões de hectares. A produtividade continua estimada em 76 sc/ha, gerando a projeção de uma produção de 8,650 milhões de toneladas.