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ImprimirLivre de febre aftosa, Mato Grosso do Sul está a um passo de expandir a venda para novos mercados, com carne competitiva e de qualidade. Com divulgação maciça do setor a partir dessa segunda-feira (2), a intenção é vacinar 9,8 milhões de animais no estado, entre maio e novembro deste ano. A partir de 2023, com a perspectiva de elevar o status sanitário e sem aftosa, as campanhas serão somente contra a brucelose e a raiva.
“Iniciou-se agora, dia 1° de maio, a primeira campanha de vacinação contra aftosa no ano de 2022. O total de animais envolvidos é em torno de 9,8 milhões, pois, trata-se de vacinação de animais jovens, dentre estes, em torno de 2,8 milhões, é na região do Pantanal e em torno de 7 milhões, na região do planalto”, afirmou ao Jornal Midiamax o presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold.
Conforme o presidente, é importante salientar que, com a determinação da última vacinação este ano, a perspectiva é de elevar o status sanitário de Mato Grosso do Sul e retirar a obrigatoriedade da vacina, em 2023.
“Agora é um momento importantíssimo, de envolvimento do produtor rural. Não só a pecuária no sentido do bovino. O suíno vai ter um acréscimo de preço muito expressivo e o gado e a carne bovina estarão habilitados a trabalhar em mercados,muito mais exigentes, que condizem inclusive com a qualidade da carne e da produção de Mato Grosso do Sul”, avalia.
MS tem índice de 99,7% na vacinação contra aftosa, diz presidente da Iagro Em anos anteriores, o produtor rural mostrou envolvimento, vacinando todo o gado e mostrando índices invejáveis, em torno de 99,7%, segundo Ingold. “Isso tudo comprova o comprometimento do produtor rural, ainda mais neste momento que passa o Brasil. Vamos aproveitar os números das duas últimas campanhas e fornecer pedido a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal, que é em Paris”, disse.
Compromisso federal é de abertura de novos mercados, fala presidente do sindicato
O presidente do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande), Alessandro Coelho, argumenta que a determinação do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), de encerramento da vacinação, vai facilitar a abertura de novos mercados para o Brasil.
“Mato Grosso do Sul fica apto a vender para vários países e isso torna a nossa carne mais competitiva. Acredito que novas portas vão abrir e vamos começar negociações bilaterais, com mercados que hoje o Brasil não atende, alguns mercados europeus por exemplo. Antes de 2030, também teremos e é uma tendência muito forte a questão do carbono neutro”, disse o presidente do SRCG, Alessandro Coelho.