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12/07/2013 07:19:50
Campanha mundial em hospitais públicos busca prevenir fraturas de repetição
A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, a sigla em inglês) lança hoje (12) no Rio a campanha mundial Capture the Fracture, que será implantada até o fim deste ano nos hospitais públicos de todo o país.

Agência Brasil/LD

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\n \n A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, a sigla em inglês)\n lança hoje (12) no Rio a campanha mundial Capture the Fracture, que será\n implantada até o fim deste ano nos hospitais públicos de todo o país. Em um\n primeiro momento, a campanha abrangerá os hospitais públicos do estado do Rio.\n O objetivo é identificar as pessoas que já tiveram fratura por osteoporose\n (doença que afeta os ossos, com perda de massa óssea). \n \n “Porque essas pessoas têm risco muito maior de ter uma segunda\n fratura do que aquelas, por exemplo, que têm osteoporose e nunca tiveram uma\n fratura antes”, disse à Agência Brasil o vice-presidente do Comitê de Doenças\n Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e chefe\n do Serviço de Ortopedia do Hospital Federal de Ipanema, Bernardo Stolnick. \n \n A unidade do Ministério da Saúde já implementou a campanha há dois\n anos, por meio do Programa de Prevenção a Refraturas (PrevRefrat), considerado\n referência no mundo entre os serviços de excelência que adotam o parâmetro. O\n PrevRefrat servirá de modelo para os demais hospitais brasileiros, porque adota\n a linha e a filosofia da campanha da IOF. \n \n Será lançada também nesta sexta-feira campanha informativa da Sbot\n regional Rio de Janeiro em todos os hospitais públicos do estado que tenham\n ambulatório de ortopedia ou emergência ortopédica. O objetivo é orientar as\n pessoas que já tiveram fratura por fragilidade óssea, ou seja, que decorre de\n uma queda simples, a ligar para o PrevRefrat para agendar consulta e\n tratamento. O programa do Hospital Federal de Ipanema tem, no momento, 250\n pacientes em tratamento, sendo que apenas cinco tiveram refratura. “Ou seja,\n temos uma taxa de refratura de 2%. Provavelmente, é a melhor taxa do mundo”, avaliou\n Stolnick. \n \n Segundo o especialista, já está comprovado o sucesso da filosofia\n da campanha da IOF em relação à gestão pública dos pacientes que têm\n osteoporose. Além de maior risco de ter as chamadas fraturas de repetição,\n esses pacientes apresentam mais taxas de internação e reinternação, “gerando um\n custo social, humano e financeiro grande para todos os países”. \n \n A pior das fraturas é a de fêmur, que exige cirurgia e internação\n e tem elevada taxa de mortalidade. Stolnick informou que 50% das pessoas que\n tiveram esse tipo de ocorrência, “antes disso tiveram outra fratura qualquer”.\n Ele explicou que, se houver a intervenção em pacientes depois desse primeiro\n caso, consegue-se reduzir entre 50% e 60% a ocorrência de fratura de fêmur. \n \n Stolnick disse ainda que existe o compromisso de reduzir em 20% a\n incidência de fratura de fêmur em todo o mundo até 2020. “A única forma de\n fazer isso é intervindo em relação a esses pacientes” - daí a importância de\n lançar a campanha no Brasil. O chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital\n Federal de Ipanema ajudou a elaborar o painel de boas práticas da campanha. \n \n Dados da IOF mostram que uma fratura por osteoporose ocorre a cada\n três segundos no mundo, correspondendo a 25 mil casos por dia ou 9 milhões por\n ano. Stolnick acrescentou que uma fratura vertebral ocorre a cada 22 segundos.\n “Uma em cada quatro mulheres depois dos 50 anos de idade vai ter uma fratura\n osteoporótica e um a cada cinco homens também”. Só que os homens não parecem se\n preocupar com a osteoporose. Ele alertou que, com o aumento da longevidade da\n população, haverá mais gente com essa deficiência óssea e tendo fraturas. No\n Brasil, a estimativa é que 10 milhões de pessoas tenham osteoporose hoje. \n \n A projeção para 2050 é que haverá uma fratura de quadril na América\n do Sul a cada 72 segundos, com base no crescimento da população e no aumento da\n longevidade. “Então, é imperioso que você reduza esse número de fraturas. E a\n melhor forma, mais efetiva e mais barata é intervir em relação aos pacientes\n que já tiveram fratura por osteoporose. Esta é a base da campanha”, reiterou. \n \n \n \n \n
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