Quarta-Feira, 9 de Julho de 2025
Geral
30/01/2013 09:00:00
Caso Patrícia Acioli: ex-comandante da PM mentiu em depoimento, diz assistente de acusação
Lins e Silva afirmou que o coronel sabia das ameaças que Patrícia Acioli estava sofrendo.

UOL/LD

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\n \n O assistente de acusação Tésio Lins e Silva disse, durante o\n debate no segundo dia do julgamento do assassinato da juíza Patrícia Acioli\n nestan quarta-feira (30), que o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante da PM\n (Polícia Militar), mentiu em depoimento dado ontem (29). Lins e Silva afirmou\n que o coronel sabia das ameaças que Patrícia Acioli estava sofrendo. \n \n Os PMs Jéfferson de Araújo Miranda, Jovanis Falcão Júnior e Junior\n Cezar Medeiros são acusados de ajudar no planejamento do assassinato da juíza\n em agosto de 2011 e estão sendo julgados na 3ª Câmara Criminal de Niterói, na\n região metropolitana do Rio de Janeiro, desde ontem. \n \n "É grave ver o ex-comandante vir ao julgamento mentir. Era\n fato público e notório que a juíza era ameaçada. Além disso, Patrícia recebeu\n um ofício da Polícia Federal, em 2009, época em que Mário César era comandante\n da PM, dizendo que ela corria risco de vida. O documento também foi enviado\n para o Ministério Público e para o comando da PM", disse Lins e Silva, ao\n mostrar o documento aos jurados. \n \n "Por que o coronel tem indisposição com a Patrícia? Só porque\n ele é amigo do coronel Cláudio? Ou por que ele é casado com uma oficial da PM,\n que tem um motorista que também era réu da Patrícia, e têm seus autos de\n resistência para responder?", perguntou. \n \n Entre os mais de cem policias investigados pela juíza, por fraudes\n em autos de resistência, um deles era o sargento Antônio Carlos Nascimento\n Ribeiro, que segundo Lins e Silva, trabalha como motorista da mulher do\n ex-comandante. \n \n Para o promotor Leandro Navega, o ex-comandante foi uma\n "testemunha tendenciosa" e o depoimento dado ontem foi\n "ridículo".\n \n "Ninguém me convence de que ele não tem participação\n [insinuando que o ex-comandante da PM teria alguma responsabilidade por ter\n retirado a escolta de Patrícia Acioli]. (...) Acho que isso tem de ser\n apurado", disse. \n \n "Ele não podia fazer o que fez e dar impressões suas sobre o\n processo, a lei proíbe que testemunha faça uma análise pessoal sobre o caso. O\n que mais me revolta é o fato de que o ex-comandante deu mais valor aos\n relacionamentos pessoais da juíza do que especificamente as provas técnicas do\n processo", afirmou. \n \n \n \n \n
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