Da assessoria/LD
ImprimirUm movimento notado desde fevereiro, os campo-grandenses estão fazendo menos contas parceladas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Neste mês de março, em que a pandemia do coronavírus traz fortes impactos à economia, o índice de famílias que informam estarem comprometidas com dívidas como: cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros é de 57,1%, o menor desde setembro do ano passado.
Os indicadores de inadimplência também estão menores, 31,7% informam que têm contas em atraso, contra 33,2% em fevereiro e 11,7% informam que não terão condições de pagar, frente a 14,5% no mês anterior.
“Pode ser um reflexo das incertezas que as medidas de isolamento, como o próprio fechamento do comércio, traz para a população. Há uma forte preocupação com a questão dos empregos e as pessoas podem estar evitando compromissos. Por outro lado, grande parte dos que têm dívidas informam que é de longa duração, 38,5% afirmam que as prestações duram mais de um ano”, pondera a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.