A Polícia Federal desvendou o "DNA" das drogas que entram no\n Brasil. Após sete anos de trabalho, peritos finalizaram um documento que indica\n a origem dos carregamentos de cocaína e crack, o grau de pureza das drogas e o\n que os traficantes misturam a elas. \n \n \n Quando um usuário consome cocaína pode estar ingerindo, por exemplo,\n antitérmicos, cafeína, anestésicos e até vermífugos, informa a reportagem de Fernando Mello, no caderno\n "Cotidiano" deste domingo. \n \n \n Entre 2010 e 2011, a\n PF apreendeu 51 toneladas de cocaína. Relatório enviado à Coordenação de\n Repressão a Drogas a partir de análise de amostras das apreensões-- indica que\n 54,3% da cocaína que entra no país tem origem na Bolívia; 38% no Peru e 7,5% na\n Colômbia. \n \n \n Os peritos procuram pela truxilina, um elemento natural que varia de acordo\n com altitude, exposição ao sol e local onde a coca é plantada. A partir dessa\n "assinatura" natural é possível saber se a droga é boliviana, peruana\n ou colombiana. \n \n \n O trabalho de laboratório serve para a PF montar sua estratégia da proteção\n de fronteiras, estabelecer rotas do tráfico e produzir provas. \n \n \n Para especialistas, desvendar rotas significa atingir a logística da\n distribuição das drogas. "Sabendo por onde sai e por onde chega a droga,\n fica mais fácil investigar a rota", diz o coronel José Vicente da Silva,\n ex-secretário Nacional de Segurança Pública.\n \n \n \n