\n \n O\n MPE (Ministério Público Estadual) deu prazo de 60 dias para que a Prefeitura de\n Campo Grande elaborenbsp;termo de referência para rebaixamento do lençol\n freático. A recomendação é de que a Semadur (Secretaria Municipal de Meio\n Ambiente e Desenvolvimento Urbano) passe a exigir a realização de\n estudosnbsp;prévios e obtenção de licença ambiental para essa atividade.\n \n A\n medida leva em consideração a expansão da construção de grandes edifícios, as\n torres, na cidade. Se os empreendimentos chamam atenção pela altura, a\n preocupação do Ministério Público é com a base da construção.
\n “É público e notório o ritmo acelerado de construção de inúmeras ‘torres’ de\n edifícios em Campo Grande que, muitas vezes, exigem a realização de obras de\n rebaixamento de lençol freático”, afirma a promotora Andréia Cristina Peres da\n Silva.\n \n Na\n recomendação, a promotora alerta dos riscos dessa técnica de engenharia. Como\n perda da umidade do solo e ressecamento de plantas, afundamento de pavimento de\n ruas e edificações – o que, segundo o MPE, possivelmente ocorre em Campo Grande\n com abertura de crateras nas ruas-, reacomodação do solo gerando rachaduras,\n fissuras e perigo de desabamento, além de rompimento de tubulação,\n \n De\n forma específica, a promotora lembra que em 2011 foi aberto um inquérito civil\n para investigar danos ambientais decorrentes da atividade de perfuração e\n rebaixamento do lençol freático na construção do edifício Pablo Picasso, na rua\n Brasil, 86.\n \n Conforme\n o documento, a água proveniente do lençol freático está sendo lançada na rede\n de drenagem pluvial, que não foi projetada para receber a carga extra. A\n Prefeitura informou que não submeteu a atividade a prévios estudos ambientais\n por ser de baixo impacto. O termo de referência consiste em roteiro\n apresentando o conteúdo e os tópicos mais importantes a serem tratados num\n estudo ambiental.\n \n O CGNews ouviunbsp;especialista que explicou que o\n rebaixamento é realizado quando o lençol freático fica muito próximo à\n superfície e prejudica a execução da obra. Segundo o engenheiro civil, com 33\n anos de experiência, Campo Grande tem a particularidade de ter o lençol\n freático muito alto em diversas regiões. Como na Nova Campo Grande, Três\n Barras, região do Aeroporto Internacional e Portal Caiobá.\n \n No\n caso das pistas do aeroporto, a água teve que ser desviada para um canal. O especialista\n afirma que o recurso não prejudica em nada o entorno da construção.\n \n \n \n \n