Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024
Geral
21/05/2013 09:00:00
Com greve da polícia, oficiais fazem rondas e presídio fica sem soldados nas torres
A greve dos agentes e escrivães da Polícia Civil e o aquartelamento dos cabos e soldados da Polícia Militar começa a ter reflexo na Capital e no interior do Estado.

Midiamax/LD

Imprimir
\n \n A greve dos agentes e escrivães da Polícia Civil e o\n aquartelamento dos cabos e soldados da Polícia Militar começa a ter reflexo na\n Capital e no interior do Estado. A paralisação não fica visível apenas nas\n camisetas pretas, utilizadas como protesto. \n \n O Midiamax visitou\n algumas unidades policiais na manhã desta terça-feira (21), logo após\n representantes das duas categorias desafiarem delegados e tenentes a assumirem\n o serviço. Servidores já foram presos por aderir à greve na Capital. \n \n “Faço rondas e hoje as motos estão paradas. E assim que chegamos\n na Assembléia Legislativa, obtivemos a informação de que quatro policiais,\n sendo do 1° e tático do 10° BPM (Batalhão da Polícia Militar) foram presos. O\n tenente estava com as ordens de prisão na mão e os ordenaram a trabalhar e\n esquecer a greve”, contou ao Midiamax um cabo da\n PM,nbsp;que prefere não se identificar. \n \n Vários outros servidores confirmaram a informação e disseram que a\n assessoria jurídica da ACS e BM/MS (Associação de Cabos, Soldados da Polícia e\n Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) já está resolvendo a questão. \n \n “Nosso advogado foi ao 10° BPM verificar o fato. Este tipo de\n retaliação acreditamos que só vai acirrar a tropa e também vai de encontro com\n o diálogo que o governador André Puccinelli (PMDB) disse estar proposto”, fala\n o vice-presidente da ACS, Cláudio Souza. \n \n Bate-grade \n \n Outra informação de um soldado da Companhia de Guarda e Escolta é\n que o Estabelecimento Penal de Segurança Máxima ficou sem servidores nas dez\n torres e com isso os presos estariam fazendo um “bate-grade”. O fato ocorreu no\n momento do banho de sol, quando eles perceberam a possível facilidade para\n fuga. \n \n “Essa questão o presidente da ACS também chamou os guardas para\n ver quem de lá iria aderir a greve e quem pode ficar”, diz Souza. \n \n Já nas delegacias de Polícia Civil, os problemas ficam por conta\n da não realização dos boletins de ocorrência em algumas unidades. Muitas vezes,\n sem a presença do delegado por perto, os servidores que ficam nas unidades\n dizem que não estão fazendo o registro por conta da greve. \n \n “Ontem por exemplo um senhor teve o notebook roubado em uma\n lanchonete dentro de uma grande supermercado. A empresa falou que não cobraria\n dele, porém precisava do registro da ocorrência. E ele corre o risco de ter de\n pagar porque as duas delegacias que visitou, os policiais se negaram a fazer o\n atendimento”, diz um investigador da Polícia Civil. \n \n Pouco avanço \n \n A categoria, que compareceu em “peso” na Assembléia Legislativa,\n não teve muitos avanços. Segundo o presidente da ACS, Edmar Soares, o governo\n do Estado aumentou em 1% o reajuste oferecido para o próximo ano, de 8% para\n 9%. \n \n O percentual nem passará por assembléia da categoria, que decidiu\n manter o “aquartelamento” e ainda convocar os policiais do interior do Estado\n para permanecer em Campo Grande. A votação dos valores deveria ocorrer hoje,\n mas foi adiada para a quarta-feira (22). \n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias