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01/10/2020 14:38:00
Com mais de 3 mil focos, setembro teve aumento de 27% no número de incêndios em MS

Midiamax/LD

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Setembro foi o mês com maior número de incêndios florestais no ano em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Com 3.097 focos, o estado teve alta de 27% no número de queimadas em relação a agosto, que registrou 2.443 ocorrências.

Além disso, MS acumula 9.637 focos de incêndio no ano, que mesmo com registro parcial de nove meses já supera em 21% o total dos 12 meses de 2019, que fechou em 7.959 focos.

Para se ter uma ideia de como setembro de 2020 foi trágico em número de queimadas em vegetação, o número registrado no mês é superior a todo o ano de 2018, que teve 2.002 casos em MS.

Conforme os dados do Inpe, a temporada de incêndios começou em junho, quando houve 508 ocorrências. Então, os números só aumentaram a cada mês, passando para 1.284 em julho ( 153%), 2.443 em agosto ( 90%) e, por fim, 3.097 em setembro ( 27%).

Pantanal Dos 9.637 focos de incêndio registrados este ano, 68% ocorreram em Corumbá, município que concentra a maior parte do pantanal sul-mato-grossense. Na cidade, somente este ano foram 6.570 ocorrências. O número é 69% maior que o registrado no ano passado, 3.882 focos.

Dados do LASA (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ) indicam que, até o dia 29 de setembro, as chamas consumiram mais de 3,4 milhões de hectares do bioma.

Somente em Mato Grosso do Sul, foram 1,4 milhões de hectares destruídos. O total equivale a uma área de 14 mil quilômetros quadrados, que representa praticamente três estados do Distrito Federal.

Sem sinal de chuva… Com um número grande de focos de incêndio para combater, somente a chuva poderá acabar com a situação. Entretanto, as previsões meteorológicas não são muito animadoras.

Assim, é unânime entre os meteorologistas que não deve chover em MS antes do dia 11 de outubro. Então, mesmo após a data, não há previsão de chuvas volumosas, com precipitação abaixo da média histórica, segundo o Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul).

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