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17/10/2020 10:50:40
Com programa de Auxílio Emergencial, Brasil é modelo mundial

Correio do Estado/LD

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O Brasil foi o grande destaque da Reunião Anual realizada pelo Banco Mundial na última quinta-feira (15). Por videoconferência, o objetivo da reunião foi apresentar boas práticas realizadas pelo Governo Federal ao decorrer da Pandemia da Covid-19.

A iniciativa do governo brasileiro com o Auxílio Emergencial foi considerado durante a conferência um dos mais efetivos e melhores programas de transferência de renda à população, tornando-se modelo internacional.

O programa Auxílio Emergencial foi destinado a 67,8 milhões de pessoas, com impacto de mais da metade da população, atendendo 126,5 milhões de brasileiros.

Para representar o Brasil e apresentar as políticas públicas adotadas para neutralizar os impactos da pandemia no atual momento, foi escolhido o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio José Barreto.

A reunião ainda contou com a participação de representantes do Egito, Indonésia, Nigéria, Ruanda e Noruega, além da presença do presidente da Divisão de Crescimento Global e Oportunidades da Fundação Bill e Melinda Gates, Rodger Voorhies.

Durante a reunião, Barreto destacou a eficiência do processo de construção da política pública diante a rápida expansão da doença no Brasil, além da objetividade do programa em chegar em que necessitava da ajuda. "Não foi fácil a tomada de decisão. Sabíamos que precisávamos atingir o maior número de pessoas e, para isso, estabelecemos um modelo de rede de proteção e de transferência direta de recursos. Ousamos apostar em um aplicativo para cadastrarmos o maior número de brasileiros e, também, atualizarmos nossas bases de dados. De maneira inédita, começamos o pagamento aos primeiros 10 milhões de brasileiros em apenas uma semana após o início desta ação", disse Barreto em nota.

Ainda de acordo com Barreto o investimento feito pelo Governo Federal ultrapassou R$ 200 bilhões em um período de nove messes.

Além do Auxílio Emergencial, o Governo Federal ainda investiu em benefícios para giro de capital, criando programas de apoio às empresas, buscando manter empregos e oferecer recursos extras para estados e municípios.

Desenvolvimento de políticas públicas No decorrer da reunião, o secretário destacou a eficácia do uso da tecnologia para o cadastramento e mapeamento da população, afirmando que todos os meios tecnológicos possíveis foram utilizados, para o cruzamento de dados e confirmação da entrega do benefício.

A vice-presidente de desenvolvimento humano do Banco Mundial, Mamta Murthi, parabenizou o Brasil pela iniciativa em inovação.

Em nota, Antônio José Barreto destacou as próximas ações em relação a políticas públicas sociais a serem implantadas em 2021, visto que o pagamento do Auxílio Emergencial terá fim em dezembro deste ano.

"A partir da nossa experiência, estamos cientes que o conjunto de políticas públicas se mostrou mais eficiente com o uso da tecnologia, pois dessa maneira as políticas foram mais focalizadas", explica. "As 27 políticas públicas que temos serão fundidas em um único modelo e seguiremos usando recursos tecnológicos para mapear cada família e escolher qual a melhor política de emancipação, liberdade e apoio que se encaixa àquele perfil. Em vez de entregarmos apenas um recurso, entregaremos uma plataforma. Dessa forma, as famílias beneficiadas terão um canal direto com o governo brasileiro".

Dados Numéricos Apontado como responsável por reduzir a pobreza em 23,7% no país. Mais de 15 milhões de cidadãos saíram da linha da pobreza, ou seja, tiveram renda domiciliar per capita maior que meio salário mínimo (R$ 522,50), o benefício foi capaz de evitar que 23,5 milhões de cidadãos entrassem nessa condição.

O Brasil se destaca como um dos países que implantou medidas de apoio a trabalhadores informais, de crescimento horizontal (mais beneficiários) e vertical (aumentando o valor do benefício) de programas sociais de transferência de renda.

O governo brasileiro analisou mais de 153 milhões de cadastros, o que representa 72,5% da população. O investimento do Governo Federal para contemplar os 67,8 milhões de elegíveis é superior a R$ 223 bilhões.

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