CGN/LD
ImprimirPrefeitos de Corumbá, Amambai e Ponta Porã estiveram no gabinete da Governadoria nesta segunda-feira (29) para receber R$ 108 milhões do Focem (Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul). Os recursos foram intermediados por meio de projetos apresentados para o MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento) que realiza os repasses.
Serão U$S 5,1 milhões para a construção do anel viário em Amambai, U$S 7 milhões para a divisa de Ponta Porã com Pedro Juan Cabellero e U$S 9,1 milhões para saneamento básico em Corumbá.
“Estamos falando de R$ 128 milhões, sendo R$ 108 milhões do Focem e R$ 20 milhões de contrapartida do Estado e dos municípios”, explicou o governador Eduardo Riedel (PSDB).
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participou do anúncio de liberação de recurso. “Esse projeto faz parte de uma determinação do presidente Lula de diminuir a desigualdade social do Brasil. Os municípios de fronteira são os mais distantes e que mais sofrem o impacto”, considerou.
A anualidade do Focem não era paga ao banco do Mercosul há dez anos e por isso o Brasil não tinha direito a receber o dinheiro. A situação foi regularizada pela ministra. “Esse é o único fundo que temos a fundo perdido. Hoje estamos falando de R$ 350 milhões aprovados e quase um terço veio para Mato Grosso do Sul em função da competência da equipe técnica dos prefeitos e do Governo do Estado”.
Tebet destacou a questão da importância de levar o recurso para o que a população necessitava, como é o caso de Corumbá. “Lá 70% da água tratada é perdida. Falta investimento e infraestrutura que muitas vezes a empresa e o governo não têm. E isso é outro exemplo de que não há um olhar político-partidário. O governo Lula está atendendo todos os municípios. Já são mais de R$ 1 bilhão de investimento já em andamento. É mais que o dobro que foram investidos nos últimos quatro anos”.
Os recursos já estão na conta e os prefeitos terão a missão de fazer a licitação das obras. A previsão é que as obras fiquem prontas em no máximo 2 anos e meio. Para o prefeito de Amambai, Edinaldo Bandeira (PSDB), o anel viário que foi contemplado era uma reivindicação antiga da cidade.
“É de suma importância porque vai tirar o trânsito do centro da cidade. São 800 caminhões por conta da agricultura em expansão. Acontecem muitos acidentes e eu que sou médico ortopedista já atendi dezenas de pacientes que tiveram amputação de perna e até óbito. Esse anel viário é a preservação da vida das pessoas, é mais segurança para quem transita na cidade”, destacou.