Geral
14/08/2013 07:51:56
CPI constata falta de especialistas e de recursos para o custeio da saúde em Jardim
Participaram desta oitiva, os deputados estaduais: Amarildo Cruz presidente, Lauro Davi vice-presidente, Junior Mochi relator e Marcio Monteiro suplente.
Da Assessoria/LD
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\n \n Na 7ª oitiva da CPI\n (Comissão Parlamentar de Inquérito) da saúde, que está sendo conduzida pela\n Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, foram ouvidos atuais e\n ex-gestores da saúde do município de Jardim, bem como o presidente do Conselho\n Municipal de Saúde. Durante a reunião que aconteceu, nesta segunda-feira (12) na\n Câmara Municipal da cidade, os deputados estaduais, membros da comissão, constataram que em Jardim uma das principais\n dificuldades é a falta de especialidade médica, além dos altos valores pagos no\n custeio da saúde local.
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\n Participaram desta oitiva, os deputados estaduais: Amarildo Cruz presidente,\n Lauro Davi vice-presidente, Junior Mochi relator e Marcio Monteiro \n suplente.
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\n Na ocasião foram ouvidos o secretário municipal de saúde Jorge Cafure,\n ex-secretário de saúde - Claudemyr Soares, diretor do Hospital Marechal Rondon\n Marcos Antônio Ruiz, ex-diretor do hospital Heron dos Santos Filho e o\n presidente do Conselho Municipal de Saúde Luiz Carlos Ribeiro Cristaldo.
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\n Segundo o secretário municipal de Saúde, Jorge Cafure, que esteve no cargo de\n 2009 a 2012, retornando em 2013, no próximo dia 30 haverá uma reunião para\n tentar solucionar o problema de falta de especialidade por meio do CIDEMA\n (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Meio\n Ambiente). Como exemplo, Cafure citou que o anestesista que atende em Jardim,\n presta serviço também em Bonito e Guia Lopes e que para ter exclusividade o município teria que desembolsar aproximadamente R$ 30 mil.
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\n Outro exemplo apresentado pelo secretário é que para um cardiologista atender\n uma vez por semana em Jardim, o município paga R$ 8 mil. Com isso temos\n dificuldade para arcar com o custeio do dia-a-dia, justificou.
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\n Cafure contou ainda que atualmente o município conta com três micro-ônibus, uma\n UTI móvel e quatro ambulâncias pequenas, sendo que um micro é utilizado\n diariamente para o transporte de pacientes para Campo Grande e o outro para\n conduzir os renais crônicos para realizarem as sessões de hemodiálise em\n Aquidauana.
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\n Diretor do único hospital na cidade, Marcos Antônio Ruiz teme pelo fechamento\n da unidade hospitalar por falta de recursos suficientes para prestar um\n atendimento de qualidade para a população de Jardim. Recebemos R$ 266 mil\n mensais das três esferas de governo [municipal, estadual e federal], sendo que\n deste valor, R$ 130 mil é utilizado para o pagamento de médicos, R$ 90 mil é destinado ao custeio da folha de pagamento, R$ 20 mil para\n aquisição de medicamentos e o restante paga-se água e luz, contou.
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\n Ainda segundo Ruiz, o hospital é mantido 90% pelo SUS (Sistema Único de Saúde)\n e 10% pelos convênios e particulares. Outra dificuldade apresentada pelo\n diretor é que dos 17 médicos cadastrados, apenas dois trabalham efetivamente na\n entidade. Tem médico que chega a fazer seis plantões por semana. Nossa escala\n é feita mensalmente, mas por falta de médicos acaba ficando cheia de buracos,\n lamentou.
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\n Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Carlos Ribeiro, estes\n problemas só serão solucionados quando o poder público entender que o controle\n social não é inimigo da gestão e existe para ajudar a apontar os problemas e\n tentar achar soluções. Temos aqui uma dificuldade de diálogo com os gestores\n municipais, mas acredito que é extremamente necessário o olhar da comunidade para saber de que forma ela está sendo atendida,\n justificou.
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\n Fazendo um balanço da situação em Jardim, o relator, deputado Junior Mochi,\n disse que a mesma situação de Jardim tem sido constatada em diversos outros\n municípios que a CPI tem investigado. Jardim não é diferente dos outros\n municípios em que já estivemos. Os recursos repassados são insuficientes para\n cobrir os custos e a maior dificuldade é atrair médicos para realizarem\n plantões. O município investe bem acima do percentual mínimo exigido\n legalmente, mas os valores pagos pelo SUS pelos procedimentos estão bem aquém\n dos custos dos mesmos, comentou.
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\n Serviço\n \n A CPI da saúde tem\n 120 dias, contados da instauração, para apresentar um diaginóstico com\n possíveis soluções para resolver o problema da saúde no Mato Grosso do Sul.\n Sendo assim, a população também pode contribuir com os trabalhos da comissão\n encaminhando críticas, sugestões e denúncias para o email: cpisaude@al.ms.leg.br.\n \n \n \n \n
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\n Participaram desta oitiva, os deputados estaduais: Amarildo Cruz presidente,\n Lauro Davi vice-presidente, Junior Mochi relator e Marcio Monteiro \n suplente.
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\n Na ocasião foram ouvidos o secretário municipal de saúde Jorge Cafure,\n ex-secretário de saúde - Claudemyr Soares, diretor do Hospital Marechal Rondon\n Marcos Antônio Ruiz, ex-diretor do hospital Heron dos Santos Filho e o\n presidente do Conselho Municipal de Saúde Luiz Carlos Ribeiro Cristaldo.
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\n Segundo o secretário municipal de Saúde, Jorge Cafure, que esteve no cargo de\n 2009 a 2012, retornando em 2013, no próximo dia 30 haverá uma reunião para\n tentar solucionar o problema de falta de especialidade por meio do CIDEMA\n (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Meio\n Ambiente). Como exemplo, Cafure citou que o anestesista que atende em Jardim,\n presta serviço também em Bonito e Guia Lopes e que para ter exclusividade o município teria que desembolsar aproximadamente R$ 30 mil.
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\n Outro exemplo apresentado pelo secretário é que para um cardiologista atender\n uma vez por semana em Jardim, o município paga R$ 8 mil. Com isso temos\n dificuldade para arcar com o custeio do dia-a-dia, justificou.
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\n Cafure contou ainda que atualmente o município conta com três micro-ônibus, uma\n UTI móvel e quatro ambulâncias pequenas, sendo que um micro é utilizado\n diariamente para o transporte de pacientes para Campo Grande e o outro para\n conduzir os renais crônicos para realizarem as sessões de hemodiálise em\n Aquidauana.
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\n Diretor do único hospital na cidade, Marcos Antônio Ruiz teme pelo fechamento\n da unidade hospitalar por falta de recursos suficientes para prestar um\n atendimento de qualidade para a população de Jardim. Recebemos R$ 266 mil\n mensais das três esferas de governo [municipal, estadual e federal], sendo que\n deste valor, R$ 130 mil é utilizado para o pagamento de médicos, R$ 90 mil é destinado ao custeio da folha de pagamento, R$ 20 mil para\n aquisição de medicamentos e o restante paga-se água e luz, contou.
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\n Ainda segundo Ruiz, o hospital é mantido 90% pelo SUS (Sistema Único de Saúde)\n e 10% pelos convênios e particulares. Outra dificuldade apresentada pelo\n diretor é que dos 17 médicos cadastrados, apenas dois trabalham efetivamente na\n entidade. Tem médico que chega a fazer seis plantões por semana. Nossa escala\n é feita mensalmente, mas por falta de médicos acaba ficando cheia de buracos,\n lamentou.
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\n Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Carlos Ribeiro, estes\n problemas só serão solucionados quando o poder público entender que o controle\n social não é inimigo da gestão e existe para ajudar a apontar os problemas e\n tentar achar soluções. Temos aqui uma dificuldade de diálogo com os gestores\n municipais, mas acredito que é extremamente necessário o olhar da comunidade para saber de que forma ela está sendo atendida,\n justificou.
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\n Fazendo um balanço da situação em Jardim, o relator, deputado Junior Mochi,\n disse que a mesma situação de Jardim tem sido constatada em diversos outros\n municípios que a CPI tem investigado. Jardim não é diferente dos outros\n municípios em que já estivemos. Os recursos repassados são insuficientes para\n cobrir os custos e a maior dificuldade é atrair médicos para realizarem\n plantões. O município investe bem acima do percentual mínimo exigido\n legalmente, mas os valores pagos pelo SUS pelos procedimentos estão bem aquém\n dos custos dos mesmos, comentou.
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\n Serviço\n \n A CPI da saúde tem\n 120 dias, contados da instauração, para apresentar um diaginóstico com\n possíveis soluções para resolver o problema da saúde no Mato Grosso do Sul.\n Sendo assim, a população também pode contribuir com os trabalhos da comissão\n encaminhando críticas, sugestões e denúncias para o email: cpisaude@al.ms.leg.br.\n \n \n \n \n
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