\n \n O\n presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, vereador Paulo\n Siufi (PMDB), informou que vai pedir a prorrogação dos trabalhos por mais 30\n dias para a elaboração do relatório final. Segundo ele, não há mais necessidade\n de depoimentos, chamando de “inconclusivos” todos os realizados nestes quase 90\n dias de atividade, inclusive os de hoje. “Cansei de ouvir; estou se saco\n cheio”, desabafou Siufi.\n \n A\n maioria dos vereadores integrantes da CPInbsp;pertence à bancada oposicionista\n da Câmara de Campo Grande e considera que já existem indícios suficientes para\n abertura denbsp;Comissão Processante contra o prefeito Alcides Bernal (PP).\n \n Quanto\n aos depoimentosnbsp;desta segunda-feira, com o secretário municipal de\n Administração, Ricardo Ballock, enbsp;a chefe da Central de Compras da\n Prefeitura de Campo Grande, Gislaine do Carmo Penzo Barbosa, Siufi disse que\n fica cada vez “mais indignado” com os argumentos utilizados para justificar os\n contratos emergenciais. “Eles não conseguem explicar porque fazem duas\n situações para escolher a de maior preço”, criticou.\n \n Segundo\n Siufi, não só os preços são maiores, como as empresas contratadas\n emergencialmente são aquelas que “surgem do dia para a noite”, sem ter estrutura\n e até mesmo faltando sede. “A minha opinião é que existem irregularidades. Para\n mim são todos atravessadores”, sustentou o peemedebista. “Preferiram correr o\n risco ao contratarem essas empresas”, emendou.\n \n Também\n integrantes da CPI, Chiquinho Telles (PSD), saiu da reunião interna do grupo de\n trabalho dizendo que “é uma bagunça generalizada” o esquema de contratações\n emergenciais na gestão de Bernal. “Pelo visto devemos mesmo abrir uma Comissão\n Processante”, opinou.\n \n Já\n o vereador Otávio Trad considera que houve “muita contradição” nos\n depoimentosnbsp;dosnbsp;assessores do prefeito Alcides Bernal. “Eu recomendo que faça relatório sobre o\n achocolatado, a carne, MergaServ, a Salute”, disse ele, também criticando a\n forma como foram feitos os contratos emergências. “Aliás, é muita coincidência\n que tudo que apresentam vence no dia 18, é pago no dia 18, é muito estranho”,\n ressaltou. Para ele, a inadimplência constatada em relação à RDM, Solurb e outras\n empresas não se justificam. “As atuais eles pagam e as que rescindiram não\n pagam”, afirmou.\n \n O\n líder do prefeito na Câmara, vereador Marcos Alex (PT), não vê problema\n emnbsp;divergência de depoimentos, como os dos secretários Ricardo Ballock\n (Administração) e José Chadid (Educação) sobre a suspensão do pregão relativo\n ao fornecimento de gás. “Para mim o que interessa é ver os documentos.\n Divergência para mim não faz diferença”, declarou.\n \n \n \n \n