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A pequena Catarina Galharte Polastri, de 6 anos, precisa de doações de sangue urgente, da tipagem O . Ela está internada na Santa Casa de Campo Grande desde que ficou gravemente ferida e precisou amputar uma das pernas após um acidente entre um ônibus e uma carreta no último dia 15 na BR-262 em Corumbá.
No acidente duas pessoas morreram e outras duas ficaram gravemente feridas.
Catarina segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na semana passada ela passou por cirurgias porque a perna ferida teve de ser amputada. Foram dois procedimentos.
Na segunda-feira (23) ela passou por mais uma cirurgia, a terceira. A área de amputação precisou ser ampliada por causa de uma infecção. O estado dela é considerado estável, mas continua inspirando cuidados.
Conforme o boletim médico da criança divulgado pela família, ela apresentou melhoras e teve avanço importante, como, por exemplo, está conseguindo sustentar a pressão por conta própria. Ela tem despertado com frequência e por isso está recebendo medicação para manter a sedação adequada.
Segundo a família, o momento ainda é bastante delicado, porém esta é a primeira vez desde a cirurgia que os médicos observam 24 horas contínuas de estabilidade. Se essa condição se mantiver por pelo menos uma semana, os profissionais poderão começar a considerar a realização de uma traqueostomia.
“Desde a cirurgia, ainda não tínhamos confirmação sobre a extensão da amputação. Hoje, o médico informou que foi necessário realizar a desarticulação do quadril. Ele também explicou a importância da traqueostomia: durante os curativos, não é possível permitir que Catarina sinta dor. A alternativa seria aumentar consideravelmente a dose de morfina, o que eles evitam para preservar suas funções cerebrais e prevenir a necessidade de uma intubação de emergência”.
Em relação à outra vítima, a bióloga Daiane Louveira Hokama de Souza, ela segue também internada em Campo Grande. Daiane sofreu uma fratura na perna direita e também passou por cirurgia para amputação da perna.
Investigação
O delegado Fillipe Araújo, informou que além do motorista do ônibus ter sido indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, por imperícia, quando assume a responsabilidade, também ouviu passageiros. Ele ainda oficiou a empresa de ônibus, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros, para repassarem informações sobre o ocorrido.
O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias a contar do dia seguinte ao acidente.
Acidente
Andrezza Felski, de 27 anos, e Marcelino Florentino Filho, de 84, morreram no acidente. Eles estavam sentados na parte superior do ônibus, próximos ao para-brisa, quando foram atingidos na cabeça por uma barra de ferro que se soltou do caminhão e atravessou o vidro dianteiro do veículo.
Segundo a investigação, o condutor invadiu a contramão e colidiu com um caminhão. Como ele atuava profissionalmente no transporte de passageiros, a pena pode ser aumentada e chegar a até nove anos de detenção, além da suspensão do direito de dirigir.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus da empresa Andorinha seguia para Corumbá.