Geral
31/07/2013 09:00:00
Delegada culpa fábrica de bebida por rompimento de adutora da Cedae
A Polícia Civil informou nesta quarta-feira (31) que aguarda o resultado da perícia para decidir se vai indiciar por homicídio culposo e crime ambiental os donos da fábrica da Guaracamp e da R&G projeto, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
G1/LD
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\n \n A Polícia Civil\n informou nesta quarta-feira (31) que aguarda o resultado da perícia para\n decidir se vai indiciar por homicídio culposo e crime ambiental os donos da\n fábrica da Guaracamp e da Ramp;G projeto, em Campo Grande, na Zona Oeste do\n Rio. As empresas, segundo investigações da delegada assistente da 35ª DP (Campo\n Grande), Tatiane Damaris, tinham ciência da existência da adutora da Cedae, que\n se rompeu nesta terça-feira (30) e causou a morte de Isabela Severo da Silva,\n de 3 anos, e deixou 16 feridos, mas mesmo assim passaram pelo caminho onde fica\n a tubulação com maquinário pesado e depositaram entulho no local.\n \n "A\n causa do rompimento da adutora foi a utilização de maquinário pesado e os\n depósitos de entulho no caminho da adutora", disse a delegada. "Por\n atuação incorreta e negligência, pode-se dizer que esses fatores foram\n responsáveis pelo rompimento da adutora."nbsp;\n \n A\n delegada tem quase como descartada a responsabilidade da Cedae no incidente,\n mas declarou já ter oficiado um pedido para ouvir os diretores da companhia\n ainda esta semana. Tatiane acompanha nova perícia no local da fábrica na tarde\n desta quarta-feira, juntamente com engenheiros do Instituto de Criminalística\n Carlos Éboli.\n \n O\n crime de homicídio culposo seria a morte de Isabela. A morte, segundo o laudo\n cadavérico, ocorreu por afogamento. O crime ambiental, de acordo com a\n delegada, foi em maio de 2013, quando várias árvores da região foram cortadas\n para recapeamento.\n \n Os\n diretores da Guaracamp haviam prometido aparecer na 35ª DP agora à tarde, mas\n não apareceram. Eles serão novamente chamados nesta quinta-feira. Caso não\n respondam, os diretores receberão um mandado de condução judicial. Procurada\n pelo G1,\n a empresa disse que vai se pronunciar.\n \n Também\n está marcado o depoimento dos diretores de engenharia da Ramp;G Projetos para\n as 11h desta quinta-feira (1º).\n \n Apesar\n de funcionários da Guaracamp terem dito que as obras no terreno não seriam da\n empresa, a delegada encontrou as plantas na manhã desta segunda, que dizem\n claramente que o terreno pertence à empresa. "As adutoras, inclusive, são\n mencionadas na planta", disse ela, que garantiu ainda estar investigando\n se existia autorização para o projeto.\n \n As\n informações foram colhidas também por depoimentos de 12 moradores até as 17h\n desta quarta, além de sete feridos no rompimento da adutora. "Há sinais\n também de rodas de máquinas pesadas e de depósitos de entulho no caminho da\n adutora, o que comprova o depoimento dos moradores" disse a delegada.\n "Não se entende o porquê, mesmo sabendo da existência da adutora, utilizar\n esse maquinário pesado exatamente por esse caminho", explicou.\n \n Em\n clima de comoção e revolta, o corpo da menina Isabela foi enterrado na manhã\n desta quarta, no cemitério de Campo Grande. No enterro, os pais da menina não\n quiseram falar com a imprensa. A professora de Isabela, Ana Claudia de Lima\n Santos Rodrigues, da Creche Municipal Sonho Feliz, contou que conhecia a\n criança há dois anos.\n \n "Ela\n era muito feliz e muito amada. Não sei com vou contar para os coleguinhas que\n Isabela não vai estar mais com a gente." disse Ana, lembrando que as aulas\n recomeçam nesta quinta-feira.\n \n Na\n terça, muito abalado, Fernando dos Santos, pai da criança, disse que ficou\n sabendo do ocorrido pela TV. "Eu vi o que tinha acontecido pela televisão.\n Quando eu e meu irmão fomos ver, soubemos que ela [Isabela] tinha ficado presa.\n Eles [bombeiros] tentaram reanimá-la o tempo todo, mas ela não aguentou. Minha\n filha ia fazer 4 anos no dia 17 de agosto. Ela era uma criança\n maravilhosa", disse o auxiliar de farmácia.\n \n "A\n mãe dela contou que encheu tudo. Os vizinhos ajudaram e tentaram passar pelo\n muro, mas ele caiu", completou Fernando.\n \n Casas destruídas
\n O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do\n Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um\n jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de\n Bombeiros.\n \n Ao\n todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72\n desabrigados. Dezessete casas desabaram. As famílias foram levadas para dois\n hotéis, com custos pagos pela Cedae. Dois inquéritos foram abertos para\n investigar o rompimento.\n \n \n \n \n
\n O rompimento ocorreu por volta das 6h na altura do número 4.500 da Estrada do\n Mendanha. Casas e carros ficaram destruídos com a força da água, lançada em um\n jato que alcançou 20 metros, de acordo com Marcos Djalma, tenente do Corpo de\n Bombeiros.\n \n Ao\n todo, segundo a Defesa Civil municipal, a inundação deixou 70 desalojados e 72\n desabrigados. Dezessete casas desabaram. As famílias foram levadas para dois\n hotéis, com custos pagos pela Cedae. Dois inquéritos foram abertos para\n investigar o rompimento.\n \n \n \n \n
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