Geral
07/03/2012 09:00:00
Desigualdade no Brasil diminui com queda expressiva no Nordeste
A desigualdade econômica e social do Brasil segue em queda livre e a tendência, de acordo com a pesquisa "De Volta ao País do Futuro" divulgada hoje pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é que ela siga caindo nos próximos anos.
Terra/AQ
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A desigualdade econômica e social do Brasil segue em queda livre e a tendência, de acordo com a pesquisa "De Volta ao País do Futuro" divulgada hoje pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é que ela siga caindo nos próximos anos.
O País segue uma tendência inversa a de China, Índia e países europeus, que passaram por uma grave crise desde o ano passado. "O Brasil vem diminuindo a desigualdade nos últimos 11 anos de forma notável", afirmou o economista Marcelo Néri, coordenador da pesquisa e que considera o investimento em educação um dos fatores mais importantes para esse resultado.
A queda da desigualdade no Brasil cresce num ritmo três vezes superior à meta do milênio da Organização das nações Unidas (ONU), que é de reduzir a pobreza em 25 anos, conforme a pesquisa. Além disso, a renda média per capita do brasileiro cresceu 2,7% desde 2002, diz a publicação. "Estavam apostando que a queda de desigualdade daria uma parada, mas a verdade é que segue descendo". O fator que demonstra essa queda é o crescimento da classe C, que deve englobar cerca de 60% da população em 2014, chegando a 118 milhões de pessoas, enquanto em 2003, a classe C representava apenas 65,8 milhões de pessoas.
Essa nova classe C, segundo a pesquisa, é mais sustentável e tem menos de dois filhos em média. Se compararmos com a década de 60, o número médio de filhos era superior a seis, conforme a publicação. Agora a classe C está mais preocupada com a educação desses filhos e com o emprego formal. A pesquisa ainda ressalta que o crescimento do Nordeste, de cerca de 42% de 2003 até 2011, vem sendo fundamental para o País. "No Nordeste há uma população gigantesca pronta para dar o salto da classe D para a C", explica o economista, que compara, por exemplo, o Nordeste com o Sudeste, que no mesmo período cresceu apenas 16%.
De 2003 a 2011, 40 milhões de pessoas em todo o Brasil saíram da classe D e E e chegaram a classe C. "É quase a população da Espanha" comenta. Para o pesquisador, essa nova classe C, que deve chegar aos 118 milhões de pessoas em 2014, começa a ser decisiva em eleições. E também marca diferenças quando se trata de mercado consumidor. "Foi essa classe quem decidiu a última eleição presidencial e que chama a atenção dos políticos a partir de agora. E é uma classe com maior poder de compra que as classes A e B", afirma.
Ainda assim, são as classes A e B que devem registrar o maior crescimento de 2011 até 2014, de cerca de 30%, enquanto a classe C deve crescer cerca de 11%. Em 20 anos, a população mais rica do Brasil cresceu três vezes, enquanto a população pertencente às classes D e E, caiu quase um 50%. "Mas a pobreza ainda vai continuar a existir, infelizmente" alerta.
Mesmo com todas essas boas notícias, o Brasil ainda é um dos países com maiores índices de desigualdade do mundo. Segundo a pesquisa, a alta desigualdade ainda permite que o número continue caindo por alguns anos. A tendência da desigualdade no mundo, de acordo com Marcelo Néri, é explodir, como na China, na Índia e na África do Sul. "O Brasil está provando que está bem, mesmo em meio a chuvas e trovoadas, e que o brasileiro já aprendeu a se virar em época de crise", disse Marcelo Néri, fazendo referência à crise européia de 2011, que, segundo a pesquisa, não atingiu o Brasil.
O País segue uma tendência inversa a de China, Índia e países europeus, que passaram por uma grave crise desde o ano passado. "O Brasil vem diminuindo a desigualdade nos últimos 11 anos de forma notável", afirmou o economista Marcelo Néri, coordenador da pesquisa e que considera o investimento em educação um dos fatores mais importantes para esse resultado.
A queda da desigualdade no Brasil cresce num ritmo três vezes superior à meta do milênio da Organização das nações Unidas (ONU), que é de reduzir a pobreza em 25 anos, conforme a pesquisa. Além disso, a renda média per capita do brasileiro cresceu 2,7% desde 2002, diz a publicação. "Estavam apostando que a queda de desigualdade daria uma parada, mas a verdade é que segue descendo". O fator que demonstra essa queda é o crescimento da classe C, que deve englobar cerca de 60% da população em 2014, chegando a 118 milhões de pessoas, enquanto em 2003, a classe C representava apenas 65,8 milhões de pessoas.
Essa nova classe C, segundo a pesquisa, é mais sustentável e tem menos de dois filhos em média. Se compararmos com a década de 60, o número médio de filhos era superior a seis, conforme a publicação. Agora a classe C está mais preocupada com a educação desses filhos e com o emprego formal. A pesquisa ainda ressalta que o crescimento do Nordeste, de cerca de 42% de 2003 até 2011, vem sendo fundamental para o País. "No Nordeste há uma população gigantesca pronta para dar o salto da classe D para a C", explica o economista, que compara, por exemplo, o Nordeste com o Sudeste, que no mesmo período cresceu apenas 16%.
De 2003 a 2011, 40 milhões de pessoas em todo o Brasil saíram da classe D e E e chegaram a classe C. "É quase a população da Espanha" comenta. Para o pesquisador, essa nova classe C, que deve chegar aos 118 milhões de pessoas em 2014, começa a ser decisiva em eleições. E também marca diferenças quando se trata de mercado consumidor. "Foi essa classe quem decidiu a última eleição presidencial e que chama a atenção dos políticos a partir de agora. E é uma classe com maior poder de compra que as classes A e B", afirma.
Ainda assim, são as classes A e B que devem registrar o maior crescimento de 2011 até 2014, de cerca de 30%, enquanto a classe C deve crescer cerca de 11%. Em 20 anos, a população mais rica do Brasil cresceu três vezes, enquanto a população pertencente às classes D e E, caiu quase um 50%. "Mas a pobreza ainda vai continuar a existir, infelizmente" alerta.
Mesmo com todas essas boas notícias, o Brasil ainda é um dos países com maiores índices de desigualdade do mundo. Segundo a pesquisa, a alta desigualdade ainda permite que o número continue caindo por alguns anos. A tendência da desigualdade no mundo, de acordo com Marcelo Néri, é explodir, como na China, na Índia e na África do Sul. "O Brasil está provando que está bem, mesmo em meio a chuvas e trovoadas, e que o brasileiro já aprendeu a se virar em época de crise", disse Marcelo Néri, fazendo referência à crise européia de 2011, que, segundo a pesquisa, não atingiu o Brasil.
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