Geral
18/10/2013 09:00:00
Detran diz que quadrilha faturava R$ 2 milhões por mês em fraudes no RJ
Agentes da Corregedoria do Detran-RJ, com apoio do Ministério Público (MP), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e diversas delegacias, tinham prendido 88 pessoas, até as 12h desta sexta-feira (18), durante uma operação para desarticular quadrilha de fraudes de document
G1/LD
Imprimir
\n \t Agentes da Corregedoria do Detran-RJ, com apoio do Ministério Público \n (MP), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e\n diversas delegacias, tinham prendido 88 pessoas, até as 12h desta \n sexta-feira (18), durante uma operação para desarticular quadrilha de \n fraudes de documentação e vistorias.\n \n \t De acordo com a Corregedoria do órgão, a quadrilha que praticava as \n fraudes faturava cerca de R$ 2 milhões por mês. "Quase 700 carros foram \n identificados e acreditamos que a quadrilha faturava R$ 2 milhões por \n mês. A propina gasta pelos proprietários variava entre R$ 50 a R$ 1 mil \n pelo serviço", afirmou o Anthony Alves, corregedor do Detran.\n \t A megaoperação visa cumprir 122 mandados de prisão e 35 de busca e \n apreensão no Rio e outros 16 municípios da Região Metropolitana, Baixada\n Fluminense e interior do estado. Segundo o Detran, esse é o maior \n esquema de corrupção da história do órgão.\n \n \t Ao todo, as promotorias de Santa Cruz, Barra da Tijuca e Campo Grande \n denunciaram 181 pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção \n passiva e ativa, falsidade ideológica, felsificação de documento \n público, inserção de dados falsos e supressão de documento público. \n Entre esses, a Justiça requereu a prisão preventiva de 122 pessoas. \n Entre os procurados estão funcionários de oito postos de vistorias do \n Detran, entre zangões e despachantes, e pelo menos um dos chefes desses \n locais.\n \t As investigações sobre a quadrilha do Detran começaram em março deste \n ano e dão conta que o esquema consiste na aprovação de veículos sem \n condições mínimas através do pagamento de propina. Em alguns casos, os \n veículos nem eram levados para os postos e tinham os documentos \n liberados em troca de propina.\n \n \t O valor pago aos funcionários variava entre R$ 50 e mais de R$ 1 mil \n por operação, dependendo do cliente, dos fraudadores envolvidos, da \n dificuldade e do número de serviços envolvidos. A quadrilha atuava nos \n postos de Santa Cruz, Campo Grande e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do \n Rio, Irajá e Vila Isabel, na Zona Norte, Belford Roxo e Nova Iguaçu, na \n Baixada Fluminense, São Gonçalo, na Região Metropolitana, além da sede.\n \n \t Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagraram inúmeras \n ligações entre os vários denunciados, tratando do funcionamento da \n quadrilha. Outras 59 pessoas podem ser presas caso não paguem o valor da\n fiança estabelecido pela Justiça.\n \t Do total de denunciados, 136 eram funcionarios do Detran e, até as 12h \n de sexta,nbsp; 88 pessoas já haviam sido presas na ação conjunta entre a \n corregedoria do Detran, policiais da delegacia de repressao ao crime \n organizado (Draco) e Ministério Público. Entre os presos estão 3 \n policiais miliares que atuavam como peritos licenciadores no esquema.\n \n \t Segundo o corregedor do órgão, muitos funcionários presos não tinham \n praticado outros crimes anteriormente. "A maioria dos funcionários não \n conhecia a seara criminal, eram réus primários e agora podem pegar até \n 20 anos de prisão", comentou.\n \n \t A polícia identificou um homem como Marquinhos Santa Cruz, da Zona \n Oeste do Rio, que seria um dos líderes da quadrilha no Detran e que \n também estaria articulado com milicianos da Zona Oeste.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias