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ImprimirDiarista de 38 anos, afirma ter sido agredida e estuprada pelo namorado. O caso aconteceu no último domingo (25), dentro da casa da vítima no Jardim Noroeste em Campo Grande e foi registrado após a polícia ser acionada por funcionários do CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes, onde a mulher passou por atendimento médico.
Ao Campo Grande News, a diarista relatou que conhecia o suspeito há seis meses, mas estavam namorando a apenas dois e que há uma semana ele estava ficando na casa dela. Segundo relato da vítima, o rapaz de 24 anos, nunca havia demonstrado ser violento.
“Ele nunca foi violento. Mas na noite de sábado começamos a brigar por coisas banais. Ele ficou muito alterado e gritando. Estava bastante nervoso e veio falar de uma peça de da minha moto que estava estragada. Chamou minha atenção e eu disse para ele parar de ficar brigando por coisas bobas e que a moto era minha”, contou a diarista.
A discussão teria começado por volta das 18h e, de acordo com a vítima, o rapaz estava muito nervoso e ela então disse que ele não passava de um “moleque” por estar brigando por coisas bobas. Neste momento, ele se irritou ainda mais e quando foi por volta das 20h disse que a ensinaria a “respeitar homem”.
“Ele me empurrou no sofá e depois me jogou no chão de casa. Colocou o joelho no meu pescoço e disse que me mataria, mas antes me ensinaria a respeitar homem. Ele me deu um mata-leão e pegou um punhal. Consegui tomar dele e quebrar. Ai ele passou a me bater com socos, chutes e deu outro mata-leão. Achei que ia morrer”, relatou a mulher.
Em seguida, a diarista afirma que conseguiu escapar das agressões e quando tentou sair para fora da casa, o rapaz correu e trancou a porta. “Ele colocou a chave no bolso e voiltou a me agredir. Ele chegou a ligar para a mãe dele e disse para ela que me mataria. Depois ele me forçou a ter relações com ele”, contou a vítima.
Por volta das 4h do dia seguinte, a mulher conta que o rapaz estava mais calmo e ela o convenceu a ir embora. “Eu disse que não o denunciaria. Ele então levou meu celular. Assim que ele saiu, eu pulei o muro e pedi ajuda da vizinha que me levou para a unidade de saúde. Lá a polícia foi chamada e registrou o boletim de ocorrência”, explicou a diarista.
Conforme apurou a reportagem, equipe da Polícia Militar esteve na unidade de saúde e registrou o caso. Depois, a ocorrência foi levada para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) como lesão corporal, ameaça e estupro, todas no âmbito da violência doméstica e está sendo investigada.
A vítima foi ouvida na segunda-feira (26) e foi feito um auto de constatação das agressões. A diarista afirmou que passou por exame de corpo de delito e teve a medida protetiva concedida pela Justiça. Agora o suspeito está sendo procurado.