Geral
14/10/2013 09:00:00
Dólar fecha estável, a R$2,178 na venda, após notícias sobre rolagem de swap
Em dia de muito vaivém e marcado pelo baixíssimo volume, o dólar fechou estável ante o real nesta segunda-feira, após o Banco Central transmitir informações desencontradas sobre notícia de que poderia não rolar integralmente os contratos de swap cambial tradicional com vencimento novembro.
Uol/LD
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Em\n dia de muito vaivém e marcado pelo baixíssimo volume, o dólar fechou \n estável ante o real nesta segunda-feira, após o Banco Central transmitir\n informações desencontradas sobre notícia de que poderia não rolar \n integralmente os contratos de swap cambial tradicional com vencimento \n novembro. \n Mesmo assim, o dólar permaneceu durante todo o pregão abaixo do patamar \n de 2,20 reais, considerado por muitos analistas como o "limite técnico" \n da moeda norte-americana. \n O dólar fechou a 2,1780 reais, ante 2,1779 reais no fechamento anterior.\n Na mínima do dia, atingiu 2,1659 reais e 2,1939 reais na máxima e, \n segundo dados da BMamp;F, o volume de negociação ficou bastante baixo, \n em torno de 230 milhões de dólares, devido ao feriado nos Estados Unidos\n e que deixou o mercado de bônus fechado. \n "A grande questão é: o BC vai de fato diminuir a rolagem?", afirmou um o operador de um banco internacional. \n Logo após a abertura dos negócios, foi publicada notícia pela Broadcast,\n citando uma fonte da equipe econômica, de que dependendo das condições \n do mercado, a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional \n --equivalente à venda de dólares no mercado futuro-- no dia 1º de \n novembro, no montante de 8,87 bilhões de dólares, poderia não ser \n integral. Com isso, a liquidez injetada nos mercados poderia ser menor. \n Procurada pela Reuters logo cedo, a assessoria de imprensa do BC chegou a informar que não comentaria o assunto. \n "O BC poderia estar querendo sinalizar que não vai oferecer tanta \n liquidez ao mercado... que talvez o mercado já esteja suficientemente \n irrigado com dólar", chegou a afirmar o economista-chefe da Gradual \n Investimentos, André Perfeito. \n No início da tarde, no entanto, o Valor Econômico publicou que a \n assessoria de imprensa do BC informou que não comunicou "nem \n oficialmente, nem de outra forma" sobre rolagem dos swaps, fazendo com \n que o dólar anulasse as altas. \n Mais uma vez procurada pela Reuters, a assessoria de imprensa do BC \n apenas informou que sua posição oficial é a de não comentar matérias em \n "off", sem negar ou confirmar o que foi publicado pelo Valor. \n O dólar foi influenciado também pela persistente atuação do BC, que \n vendeu 10 mil contratos de swap tradicional ofertados com vencimento em 5\n de março de 2014 e volume financeiro equivalente a 497,6 milhões de \n dólares, em operação prevista pelo cronograma de atuações diárias. \n A autoridade monetária anunciou ainda para terça-feira mais um leilão de\n swap tradicional com as mesmas condições, a ser realizado entre 9h30 e \n 9h40. O resultado será conhecido a partir das 9h50, informou o BC. \n Especulações de que o BC pode ser menos incisivo ao intervir nos \n mercados de câmbio têm circulado nas mesas de câmbio nas últimas \n semanas, desde que o dólar começou a flertar com o patamar de 2,20 \n reais. \n \n Analistas avaliam que a desvalorização da moeda norte-americana pode \n prejudicar a indústria num momento em que a economia brasileira enfrenta\n dificuldades para decolar. Além disso, o dólar neste patamar também não\n prejudicaria a inflação brasileira, que ainda está em níveis elevados. \n No fim de setembro, quando a moeda oscilava em torno desse nível, o BC \n rejeitou pela primeira e única vez desde o início do programa --no final\n de agosto-- algumas propostas no leilão diário de swap cambial \n tradicional. \n Na semana passada, o dólar voltou a fechar abaixo de 2,20 reais após o \n BC elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 9,5 por \n cento, e sinalizar que deve manter o ritmo mais forte de aperto \n monetário, o que deve atrair mais capitais para o país. Para o \n estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, isso pode levar a \n moeda norte-americana a ceder um pouco mais no curto prazo. \n "No curto prazo, a gente tem um cenário em que o Fed posterga o início \n da normalização monetária e aqui o BC tem a alta da Selic para conter a \n inflação. Isso dá espaço para o dólar cair em breve", afirmou Rostagno, \n para quem a divisa dos EUA pode chegar a 2,15 reais no curto prazo. \n O mercado também continuava sob a expectativa de novos desdobramentos \n nos Estados Unidos, que vivem um impasse fiscal e diante do risco de \n default a partir do dia 17, quando vence o prazo para o Congresso do \n país elevar o teto da dívida. \n Líderes do Senado dos EUA disseram nesta segunda-feira que estão se \n aproximando de um acordo para reabrir o governo e elevar o teto da \n dívida do país. \n No entanto, o encontro do presidente norte-americano Barack Obama com \n líderes parlamentares, e que poderia resultar numa solução nesta tarde, \n foi adiado. Segundo a Casa Branca, o adiamento tem o objetivo de \n permitir que líderes do Senado tenham tempo para "continuar a fazer \n importantes progressos".\n "Esta semana vence o prazo limite para o aumento do teto da dívida \n norte-americana e receio que o mercado pode azedar", afirmou o \n diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. \n A divulgação de dados econômicos mais fracos na China também ajudou a \n aumentar as preocupações de investidores com a saúde da economia global.\n As exportações chinesas sofreram queda inesperada de 0,3 por cento em \n setembro, o pior desempenho em três meses, ante expectativas do mercado \n de aumento de 6 por cento. \n O resultado marca uma mudança decepcionante em relação a indicadores \n recentes que haviam assinalado que a economia do país ganhava força.
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