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ImprimirQuatro dias após a batida seguida de capotagem que matou a estudante de biomedicina, Bárbara Wsttany Amorim Moreira, 21 anos, a família divulgou nota de esclarecimento pedindo a liberdade de Ricardo França Junior, 24 anos, namorado da jovem que dirigia o carro. O acidente ocorreu na noite de sábado (11) no bairro Cabreúva, em Campo Grande.
O advogado João Ricardo Batista de Oliveira, que defende Ricardo, também é representante da família de Bárbara. Na manhã desta quarta-feira (15), ele divulgou uma nota assinada pelos pais da estudante, Paulo Roberto Moreira e Bárbara Madalena Amorim Moreira.
No texto, a família diz que encara o acontecido como um acidente. '
'É assim que encaramos o fato ocorrido, como uma fatalidade, algo imprevisível e indesejado", diz um trecho da carta. Em outro, a família defende o motorista. ''Nossa dor é incalculável, mas ela se intensifica ao ver nosso querido Ricardo atrás das grades, sendo alvo de ataques gratuitos e comentários odiosos, vindo de pessoas que nem imaginam como era a relação dele com a nossa querida filha".
Para os pais de Bárbara, o momento é de unir forças para passar pelo momento de dor. ''Para nós, esse não é o momento de achar culpados, acusar, prender, castigar, mas sim de nos unir. A vivência com o Ricardo e a família dele sempre foi muito boa e sempre será. Gostaríamos que ele estivesse junto a nós neste momento. Libertem-no, permitindo que ele esteja ao nosso lado neste momento de dor", diz outro trecho do texto.
Segundo o advogado, ele acompanhou o cliente em todos os momentos após a prisão, inclusive já fez visitas no Presídio de Trânsito, onde o rapaz está, mas que não questionou a informação de que ele estaria bêbado.
''Não foi perguntado. Não é o momento pertinente para verificar se ele tem culpa ou não. Ele está muito abalado, afinal, a namorada morreu", disse o advogado.
João Ricardo vai pedir que a prisão preventiva do cliente seja revogada e ele responda o processo em liberdade. ''O caso está sendo tratado como homicídio doloso. Se houve crime, foi homicídio culposo (quando não há intenção de matar), por eventual imprudência ou imperícia", ressaltou.
Ainda segundo o advogado, a prisão preventiva deve ser aplicada em casos excepcionais, quando a pessoa oferece risco à sociedade. ''Em situações de extrema necessidade para garantir a ordem pública, o que não é o caso", defendeu.
O caso -O acidente foi no sábado à noite, por volta das 20h15, na Rua 11 de Outubro. O veículo passou por uma elevação, fez um movimento lateral, em alta velocidade, bateu no muro de uma casa e capotou. A jovem, possivelmente sem cinto de segurança, voou do carro e morreu no local do acidente.
As equipes de socorro constaram que Ricardo havia ingerido bebida alcoólica. No carro, foram achadas 4 garrafas de 600 ml de cerveja. Para fora, havia mais uma da mesma marca.
O auto de prisão em flagrante informa, ainda, que ele desrespeitou o sinal de “Pare”, no cruzamento com a Rua Santos Dumont.