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ImprimirEm Mato Grosso do Sul, 3.228 mil pessoas moram nas ruas. A maioria são homens de 30 a 59 anos, seguido das crianças de 0 a 14 anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (6), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e são referentes ao último censo feito em 2022. Do total que mora em lugar improvisado, 83,6%, de 15 anos ou mais, são alfabetizados.
A pesquisa também levou em consideração outras formas de moradia, como pessoas que vivem em tenda barraca de lona, plástico ou tecido,1.608; Dentro de estabelecimento em funcionamento, 802; Estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada, 174; Veículos como carros, caminhões, trailers, barcos, 38 e 452 em outro domicílios do gênero.
As crianças que vivem nas ruas de 0 a 14 anos anos somam 806. A maior faixa etária presente nessa forma de moradia são de 0 a 4 anos, com 315, seguido das com 5 a 9 anos, 308 e as de 10 a 14, com 245.
Os homens são maioria em todos os levantamentos referentes à moradia improvisada, exceto no percentual de alfabetização. Ao todo, 82,9% deles sabem ler e escrever, contra 84,7% das mulheres que são alfabetizadas e vivem na mesma situação. A taxa geral no estado ficou em 83,6%, em todos os tipos de moradia. Exclusivamente nas ruas o percentual ficou em 84,6.
Das 3.228 pessoas que moram na ruas, 1.793 são homens e 1.435 mulheres. Na faixa etária de 30 a 39 são 443 pessoas na situação de rua, 421 de 40 a 49 e 407 de 50 a 59 anos.
Conforme publicado pelo Campo Grande News, em janeiro deste ano, o número de pessoas em situação de rua triplicou nos últimos sete anos em Mato Grosso do Sul. Os dados são do Cadastro Único do Governo Federal, baseado nas pessoas que recebem algum auxílio como o Bolsa Família.
O estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), feito com esses dados, indicou que o deficit habitacional, desemprego, baixa escolaridade, pobreza e cortes em programas sociais foram as principais causas do aumento da população de rua.
Entre setembro de 2016 e setembro de 2023, conforme o CadÚnico, o número saltou de 404 para 1.545. A maior concentração foi em Campo Grande, cerca de 891. Em seguida, Dourados, com 184 pessoas e Três Lagoas, com 149 na época.