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ImprimirEm Mato Grosso do Sul, apenas 29,8% de PCDs (Pessoas Com Deficiência) está ativa no mercado de trabalho de alguma forma, e 37,2% estão em condições formais de contratação, aponta levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número de trabalhadores é muito menor do que pessoas sem deficiência, que aparecem com 70,4% e 55,4% respectivamente do público. Por outro lado, a taxa de desocupação desse total é 4,6%, é menor do que a encontrada no grupo de indivíduos sem deficiência, sendo 5,6%.
De acordo com o relatório, a taxa de desocupação equivale aos que buscaram emprego, mas não obtiveram sucesso, permanecendo ou se tornando desocupados. Em Mato Grosso do Sul, as pessoas com deficiência representaram 9,4% (185 mil) da população em idade de trabalhar (1,9 milhão).
O levantamento foi calculado, considerando a divisão da força de trabalho (pessoas ocupadas e pessoas desocupadas), pelo total da população em idade de trabalhar, na faixa etária de 14 anos ou mais.
Perfil- Das 193 mil pessoas com deficiência identificadas em MS, a maioria faz parte do público feminino, com (63,7%), sendo (36,3%) masculino. Em relação à cor ou raça, a incidência maior entre pessoas pretas ou pardas (58,5%) do que entre as brancas (38,8%).
Essas pessoas possuem menores níveis de instrução. No Estado, entre as pessoas de 18 anos ou mais de idade com deficiência (182 mil), 69,8% não tinham alfabetização ou possuíam o nível fundamental incompleto, 15,4% tinham o fundamental completo e médio incompleto, 9,3% tinham o médio completo e o superior incompleto, 5,5% tinham o ensino superior completo.
Remuneração- O desequilíbrio também reflete na remuneração. Durante o ano de 2019, pessoas com deficiência tinham margem salarial mensal de R$ 1.639, enquanto os trabalhadores sem deficiência recebiam, em média, R$ 2.619.
“Destaca-se que as pessoas com deficiência recebiam menores valores em todos os grupos de atividades econômicas e estavam mais concentradas naquelas com rendimentos médios relativamente menores, como serviços domésticos, agropecuária e alojamento e alimentação”, diz a pesquisa.
O levantamento foi realizado em 2019, mas divulgado nesta quarta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.