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ImprimirA partir de domingo, o preço da gasolina deve recuar em torno oito centavos e o do diesel tende a subir 22 centavos nos postos de Mato Grosso do Sul, conforme previsão do Sinpetro, o sindicato dos proprietários de postos do Estado.
As alterações serão resultado da mudança de preços nas refinarias da Petrobras, que entram em vigor a partir deste sábado. Nas refinarias, o diesel subirá 25 centavos e a gasolina terá recuo de 12 centavos.
Em Mato Grosso do Sul, a redução no preço da gasolina chega em meio a um período de queda no consumo, uma vez que muitos proprietários de veículos estão optando pelo consumo de Etanol, que está com preço mais atrativo.
De acordo com dados do Sinpetro, as vendas no terceiro trimestres deste ano foram quase 3% menores que em igual período do ano passado, recuando de 204 milhões de litros para 198 milhões de litros.
Enquanto isso, o consumo de diesel está percorrendo o caminho inverso, aumentando quase 3%. No terceiro trimestre de 2022 foram vendidos 228 milhões de litros, contra 234 milhões em igual período deste ano, o que é reflexo do aquecimento econômico no Estado.
TERCEIRO MELHOR PREÇO
Em Campo Grande, conforme pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgada no dia 14, o preço médio da gasolina comum está em R$ 5,46, variando entre R$ R$ 5,29 e R$ 5,89. Entre as capitais, somente em São Luís do Maranhão o preço da gasolina comum é menor, ficando em R$ R$ 5,23. O levantamento em Campo Grande é feito em apenas 14 postos.
Se forem levados em consideração os postos pesquisados também no interior, num total de 64, o preço médio aumenta para R$ 5,58. A gasolina mais barata encontrada pela ANP estava sendo vendida a R$ 5,15 e a mais cara, por R$ 6,85, uma variação da ordem de 33%.
E esse preço médio de R$ 5,58 tirou de Mato Grosso do Sul o status de estado com o menor preço médio da gasolina. O Estado passou para a terceira colocação, já que no Maranhão o preço médio da gasolina comum é de R$ 5,53 e no Piauí, R$ 5,54.
EXPLICAÇÃO DA PETROBRAS
Em nota, a Petrobras informou que está no "limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares". Segundo a empresa, o reajuste visa "reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras".
Segundo a estatal, os fundamentos dos mercados externo e interno e os parâmetros da estratégia comercial da empresa resultaram em movimentos distintos para cada produto.
Para a gasolina, diz, o fim do período sazonal de maior demanda global gera maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. Para o diesel, "observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo".
A estatal mexeu nos preços pela última vez no dia 16 de agosto, quando o petróleo Brent oscilava em torno de US$ 85 por barril. Nesta quinta-feira, pressionado pela escalada do conflito no Oriente Médio, o valor chegou a US$ 92,38 por barril.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, havia sinalizado a necessidade de reajuste dos combustíveis no país em live pouco antes da divulgação, ao afirmar que as cotações internacionais do petróleo tendem a se estabilizar em patamares mais altos.
Prates disse que o mercado já vinha em tendência de alta mesmo antes do início da guerra e que, com o conflito, a tendência é que se estabilize em patamar mais elevado.
"Desde agosto, nós fizemos um ajuste [nos preços]. Agora já estávamos no limiar de fazer mais uma consideração importante em relação aos novos patamares de preço e com esse conflito, no mínimo uma coisa volta para estabilizar, mas estabiliza em alta", afirmou.