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22/08/2012 09:00:00
Estudo diz que África precisará enfrentar envelhecimento rápido da população
Embora sua população ainda seja jovem, a África terá que enfrentar seu envelhecimento, um processo que seria mais rápido nos países desenvolvidos e trará desafios no campo da atenção a pessoas idosas, explica um estudo publicado esta quinta-feira.

Midiamax/LD

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\n \n Embora sua população ainda seja jovem, a África terá que enfrentar\n seu envelhecimento, um processo que seria mais rápido nos países desenvolvidos e\n trará desafios no campo da atenção a pessoas idosas, explica um estudo\n publicado esta quinta-feira. Hoje em dia os menores de 15 anos representam 40%\n da população na África (atualmente com cerca de um bilhão de habitantes) contra\n 27% no conjunto da população mundial, reforça este estudo do Instituto Nacional\n de Estudos Demográficos (INED), instituto de pesquisa francês. \n \n Mas, nos próximos 40 anos, a proporção de pessoas com 60 anos ou\n mais (5,5% em 2010) deverá "dobrar em vários países africanos se a fertilidade\n continuar diminuindo no ritmo atual", acrescentou o estudo. O INED revela\n que "este envelhecimento demográfico ocorrerá a uma velocidade maior nos\n países desenvolvidos". Assim, o número de pessoas idosas deverá\n quadruplicar na África entre 2010 e 2050 e passar de 56 a 215 milhões, ou seja,\n quase tanto quanto na Europa (241 milhões). \n \n O continente africano contaria, então, com 22,5 milhões de pessoas\n com 80 anos ou mais, ou seja, cinco vezes mais do que hoje. Entre os desafios\n que trará este envelhecimento, o INED revela que "menos de 10% das pessoas\n idosas podem aspirar a uma pensão de aposentadoria" na África,\n principalmente funcionários ou empregados de grandes empresas privadas. O\n Instituto destaca, ainda, que em matéria de saúde, "a grande maioria das\n pessoas idosas carece de cobertura social". \n \n Embora no geral os idosos africanos possam contar com sua\n "rede familiar" para satisfazer suas necessidades, o estudo dá\n destaque a que "grandes mudanças sociais e econômicas se apreciam em\n escala continental e têm repercussões nas organizações familiares".\n Especialmente, "as jovens gerações buscam se emancipar da tutela dos mais\n velhos" e "o status social" dos idosos se "valoriza menos\n do que antes". "A diminuição dos recursos territoriais" leva\n também ao abandono da cidade, onde "os alojamentos são menores e mais\n caros". \n \n O aumento de mulheres que trabalham, com diploma e estudos mudam\n também o modo de vida e contribuem para diminuir o apoio aos mais velhos.\n Portanto, os países africanos precisam realizar "políticas públicas\n adaptadas" (seguridade social, aposentadoria...) para fazer frente ao\n desafio do envelhecimento, concluiu o INED. \n \n \n \n \n
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