Geral
29/08/2012 09:00:00
Ex-mulher de servidor reforça denúncia de desvios na Saúde de Nova Andradina
A vendedora comentou que foi casada com Cavalcante até o início de 2008, quando o servidor público ainda atuava no setor de Empenhos da prefeitura.
Midiamax/LD
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\n \n Acompanhada por um advogado, Marisa Souza Santos, ex-mulher de\n Reginaldo Fernandes Cavalcante, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de\n Inquérito (CPI) que apura a suposta participação de secretários do Executivo em\n um esquema de desvios de cheques do Fundo Municipal de Saúde de Nova Andradina.\n \n \n A vendedora comentou que foi casada com Cavalcante até o início de\n 2008, quando o servidor público ainda atuava no setor de Empenhos da\n prefeitura. Ela foi convocada para depor na CPI por ter recebido, em sua conta\n bancária, parte dos cheques do Fundo Municipal de Saúde. \n \n O ex-marido de Marisa é o principal suspeito de ter desviado os\n valores. Os cheques seriam depositados por Cavalcante em sua própria conta\n bancária e de terceiros. Após a descoberta do esquema, a prefeitura instaurou\n uma sindicância para investigar o caso e afastou o funcionário. \n \n Durante o depoimento, Marisa disse que não tinha conhecimento da\n origem dos cheques. Depois de sacado o montante depositado, ela afirma que\n retirava apenas os valores referentes à pensão da filha do casal, no valor de\n R$ 250, e devolvia o restante para Cavalcante. Eu sabia que tinha cheques na\n minha conta, para pagar a pensão. Não sabia a origem do cheque. Ele depositava\n e eu sacava. Nunca vi esses cheques, pontuou. \n \n Marisa também comentou que chegou a questionar o ex-marido sobre o\n porquê dos depósitos com cifras acima do valor da pensão. Para evitar filas no\n momento do saque, ela diz que sugeria que lhe fosse enviado apenas os R$ 250.\n É o valor que sempre peguei, o restante eu devolvia para ele. Ele dizia que\n era para eu sacar tudo e devolver para ele, que o dinheiro não era dele,\n frisou. \n \n O depoimento da ex-mulher de Reginaldo Fernandes Cavalcante\n reforça a tese de que o servidor não agia sozinho. Contudo, até o momento, não\n foi comprovada a participação de nenhuma outra pessoa no esquema de desvios.\n Toda vez que eu sacava o dinheiro no banco a gente se encontrava lá e ele\n pegava o dinheiro. Nunca vi para onde ia o destino, reiterou. \n \n Após a descoberta do esquema, Marisa afirmou que procurou o\n ex-marido para esclarecer o caso. Ele disse que foi obrigado, que se não\n fizesse isso perdia o cargo e outra pessoa faria no seu lugar, devia ser medo\n de perder o cargo. Ele sempre falou que não fazia sozinho, acrescentou. \n \n A vendedora também comentou que, à época, passou a estranhar o\n comportamento de Cavalcante, que dava indícios de estar sendo ameaçado. Ele\n começou a ligar para perguntar onde estava nossa filha e não era sempre assim.\n Ele dizia que não era para deixar ela ir para escola sozinha, tanto que até\n hoje ela não vai para a escola sozinha, emendou. \n \n Para o membro da CPI, vereador Vicente Lichoti (PT), o depoimento\n de Marisa reforça características do discurso de Cavalcante. O servidor foi o\n primeiro a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele, inclusive,\n chegou a registrar no Cartório de Registros Públicos de Batayporã uma Certidão\n de Escritura Pública de Declaração. \n \n No documento, Reginaldo discorre sobre as supostas ameaças e\n aponta a eventual participação dos secretários de Saúde, José Carlos Paiva\n Souza, e de Administração, Umberto Canesque Filho, nos desvios. Ambos negam\n terem participado do esquema. Eles também deverão ser convocados para prestar\n depoimento à CPI. \n \n Segundo o presidente da Comissão, vereador Glauco Lourenço (PMDB),\n a próxima oitiva acontecerá no próximo dia 5 de setembro. A CPI ouvirá Raquel\n Borges, atual cônjuge do servidor público afastado. Ela também teria recebido\n cheques do Fundo Municipal de Saúde de Nova Andradina em sua conta bancária. \n \n Já no dia 12 de setembro, será a vez de a CPI ouvir a contadora da\n prefeitura Christiane Aparecida Tosti e o técnico em contabilidade Walter\n Valentim Pinto. O profissional substituiu a servidora durante a licença\n maternidade de Christiane, que é a responsável pela contabilidade da\n prefeitura. \n \n \n \n \n
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