Correio do Estado/LD
ImprimirO sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul Ricardo Gomes Figueiredo, 47, por definição judicial, foi excluso da corporação por ele ter se implicado numa organização criminosa especializada no contrabando de cigarros.
A dispensa do agora ex-sargento foi publicada na edição do Diário Ofical de MS, desta segunda-feira (24), sob a chancela do comandante-geral da PM, o coronel Renato dos Santos Garnes.
Figueiredo foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de MS, em junho de 2018. Ele foi denunciado por receber propina e, em troca, facilitava o contrabando de cigarros.
O ex-sargento cuidava da segurança do ex-governador de MS, Reinaldo Azambuja (PSDB) e também da ex-governadora Rose Modesto (União Brasil). Até a prisão, Fugueiredo acumulava em seu currículo um montão de elogios, condecorações e promoções por atos de bravura.
Por tantas insígnias, recebia um salário mensal médio de R$ 16 mil.
Também no dia da prisão, em casa, o ex-sargento destruiu aparelhos celulares seus para não entregar aos investigadores do Gaeco.
Por sua participação no esquema de contrabalhando de cigarros, o ex-sargento foi condenado a 18 anos e dez meses de prisão, pena reduzida depois pelo Tribunal de Justiça para 16 anos.
Além do envolvimento com a organização criminosa, o ex-militar foi denunciado por corrução e lavagem de dinheiro. Os investigadores do caso descobriram movimentação milionária em conta bancária ligada ao réu.
Figueiredo recorreu e, também por decisão judicial, reconquistou o emprego. Ele foi reincluído às forças militares em dezembro passado. Contudo, novo despacho judicial determinou pela exclusão do militar.
Em maio do ano passado, o ex-sargento havia conquistado a aposentadoria e um salário de R$ 7 mil. O Correio do Estado quis saber com as autoridades estaduais se a decisão publicada no Diário Oficial desta segunda-feira põe fim a aposentadoria do ex-militar. No entanto, até a publicação deste material não tinha recebido retorno. Assim que houver o manifesto, a reportagem em questão será atualizada.