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ImprimirO excesso de chuvas causou prejuízo de R$ 1,3 bilhão a pecuaristas de Mato Grosso do Sul entre 2013 e 2022, conforme levantamento divulgado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios). A perda enfrentada pela pecuária no Estado teve destaque junto a Minas Gerais (R$ 1,5 bilhão).
Os dois estados e a região Centro-Oeste como um todo sofreram mais com as chuvas intensas. Enquanto isso, Sul e Nordeste foram os que tiveram prejuízos ainda maiores na agropecuária devido à seca, o evento que mais prejudicou o setor produtivo. Elas tiveram 36% e 33% das perdas em produtividade no mesmo intervalo de tempo.
No total, as adversidades climáticas causaram perdas de R$ 287 bilhões no Brasil, que afetaram 6,8 milhões de hectares de lavouras – área que equivale a dos estados do Rio de Janeiro e Alagoas juntos e corresponde a 1,6% da área média de cultivo no País entre 2013 e 2022.
Segundo o jornal Valor Econômico, a agricultura sofreu danos avaliados em R$ 216,6 bilhões, ou 65% do total. Já a estiagem causou 86% das perdas agrícolas (R$ 186,2 bilhões), e as chuvas em excesso, 14% (R$ 30,3 bilhões).
Antes - Em 2013 e 2014, não houve perdas devido à adversidade dos eventos climáticos, segundo a CNM. Em 2015, os danos representaram 2,7% do VBP (Valor Bruto da Produção) da agricultura. Já no ano passado, de 8,7%.
A entidade apontou que, proporcionalmente, o crescimento das perdas na agropecuária foi mais acelerado que o VBP dos anos analisados.
A confederação analisou, ainda, que as perdas com os eventos climáticos têm um “efeito deletério” sobre as economias locais, porque recursos deixam de circular nos municípios.
Outros - Outros setores da economia, como indústria e serviços, também tiveram perdas devido a eventos extremos entre 2013 e 2022. O prejuízo total ficou em R$ 320,1 bilhões no intervalo. O impacto sobre a agricultura e a pecuária, no entanto, correspondeu a 90% dos danos que a iniciativa privada sofreu.
Os danos ocorreram em maior escala no ano passado, quando R$ 85 bilhões foi o prejuízo aos agricultores e pecuaristas brasileiros. O valor representa 22% das perdas dos últimos dez anos.