G1MS/LD
ImprimirA família do menino de 12 anos que foi ferido com um disparo de arma de fogo por um policial militar na noite dessa segunda-feira (1°), em Nova Andradina, acionou o Ministério Público (MPMS) para pedir providências sobre a atitude do agente de segurança pública.
Conforme as informações dadas pela mãe da criança, ela foi à promotoria nesta quarta-feira (3) para prestar depoimentos.
Segundo a mãe, o filho ainda não passou por cirurgia para remoção do projétil, que ficou alojado no pé do menino. O adolescente segue internado no Hospital Regional do município.
A família aponta que soube que o garoto estava no hospital por volta da 0h dessa segunda-feira, após duas horas do ocorrido.
Ao chegar no hospital, a mãe discutiu com o policial envolvido: “Quando nós chegamos, havia duas viaturas fora e os policiais ali. Aí eu cheguei e já perguntei 'eu quero saber o que aconteceu com meu filho, o que fizeram com ele?'", conta a mulher.
“E eu falei assim, você tá achando que você é quem pra dar um tiro numa criança inocente que não estava fazendo nada de errado, estava só andando de bicicleta?”, relembra a mãe.
Ainda conforme o depoimento da mãe do menino, a discussão ficou mais tensa e o policial alterou a voz. De acordo com a família, o policial afirmou que os meninos estavam fazendo "graça na rua".
Versão da Polícia Militar
Segundo a PM, o menino foi ferido após a equipe abordar um grupo de quatro garotos andando de bicicleta na região central de Nova Andradina.
“O meu filho falou assim: que estavam eles quatro andando de bicicleta. Aí a viatura passou por eles, antes deles chegarem na avenida. Aí quando eles chegaram na avenida, a viatura passou por eles de novo, como eles estavam de bicicleta foi indo. Meu filho falou assim que estava ele, outro menino, nenhuma bicicleta e os outros dois nas outras”, conta a mãe.
O menino contou a mãe que os policiais xingaram o grupo de garotos, quando ao irem embora de bicicleta, o policial atirou. A PM foi procurada e confirmou que era uma arma convencional. Em nota, a corporação informou que abriu um inquérito para apurar os fatos.
Embora o boletim de ocorrência tenha sido registrado na Polícia Civil, a investigação vai ser cuidada pela Corregedoria da Polícia Militar.