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ImprimirA família de Manoel de Barros decidiu abrir o velório do poeta ao público, para garantir a despedida de admiradores.
O corpo já saiu do Proncor, mas ainda não há previsão de chegada à capela do Parque das Primaveras. Também há possibilidade da cerimônia ocorrer na Câmara Municipal ou na Assembleia Legislativa.
O sepultamento será amanhã, para que parentes do Rio de Janeiro e de Florianópolis cheguem a tempo de acompanhar o enterro.
O neto, Felipe Barros, explica que a velório e o enterro serão públicos por conta da legião de fãs da obra de Manoel de Barros. “Não podemos privar as pessoas disso. Só pedimos um lugar reservado para as nossas despedidas.”
Uma das netas, Joana Barros, de 33 anos, diz que a morte do avô já era esperada e para ele foi um alívio diante da debilidade dos últimos meses. “Se foi o homem, mas ficou a obra. Ele virou um passarinho”. Depois de passar pelo hospital, Joana seguiu para a casa da avó, na rua Piratininga, onde a família se concentra agora. Dona Stella tem 93 anos e vivia com o poeta há 67 anos.
Manoel deixa a esposa, a filha Martha e 8 netos.
O poeta, nascido em Cuiabá, se tornou referência no gênero poesia e teve 34 obras publicadas sendo a primeira em 1937 e a mais recente no ano passado. No exterior, teve três obras traduzidas em Portugal, França e Espanha. A história do escritor começou com “Poemas Concebidos Sem Pecado".
Ao todo, ele recebeu 13 prêmios, incluindo dois Jabuti de Literatura (1989/2002), além da Academia Brasileira de Letras, em 2000.