\n \n Embora Silvio Berlusconi tenha prometido lutar, a condenação do\n ex-premiê italiano por fraude fiscal alimentou a especulação de que sua filha\n mais velha, Marina, chefe do império familiar de 6,6 bilhões de dólares,\n poderia assumir seu lugar como líder da centro-direita na Itália. \n \n Membros do partido Povo da Liberdade (PDL) insistem que\n Berlusconi, de 76 anos, continua firme na liderança e irá manter seu comando de\n 20 anos à frente da centro-direita. \n \n Mas o fracasso do magnata da mídia em derrubar uma condenação na\n semana passada significa que ele terá que se submeter à prisão domiciliar por\n um ano ou a fazer serviço comunitário, o que deve afetar suas habilidades de\n fazer campanha. \n \n Ele também deve ser afastado do Senado e não poderá se apresentar\n como candidato eleitoral. \n \n Esse cenário reforçou a ideia de que Marina, que completa 47 anos\n no sábado, poderia ao menos virar a figura de frente do PDL, apesar de sua\n atestada relutância em entrar para a política. \n \n Sob esse possível quadro, Berlusconi iria continuar a exercer\n grande influência como o fundador do partido, mas sua filha iria desempenhar um\n papel mais público e de campanha. \n \n Tal especulação é encorajada pelo fato de que o PDL existe apenas\n por causa de Berlusconi, e depende totalmente de sua riqueza e liderança. \n \n "Eu preferiria continuar a ter Berlusconi. Dito isso,\n sinto-me totalmente à vontade com Marina", disse Daniela Santanche, uma\n das mais leais partidárias de Berlusconi, a um programa de televisão. \n \n Um artigo de primeira página no fim de semana no jornal da\n família, Il Giornale, dizia: "Todos os dias pedem a ela que entre na\n política. Ela diz não. Talvez seja porque ela sabe como escolher o momento\n certo".\n \n Presente na lista das mulheres mais poderosas do mundo da revista\n Forbes, Marina Berlusconi está no comando da Fininvest, uma holding que\n controla a emissora Mediaset, a editora Mondadori e o clube de futebol Milan. A\n empresa também tem grande participação na gestora de fundos Mediolanum. \n \n Ela é descrita pelos colegas de trabalho como uma chefa exigente e\n durona. Algumas figuram de destaque do partido, incluindo o líder da Câmara dos\n Deputados Renato Brunetta, supostamente se opõem à ideia de uma dinastia na\n política italiana. \n \n Mãe de dois filhos e casada com um ex-bailarino do La Scala,\n Marina tornou-se vice-presidente da Fininvest em 1996, e foi promovida para o\n principal cargo em 2005. Durante seu mandato, as mais importantes empresas da\n família, a Mediaset e a Mondadori, passaram por tempos difíceis. \n \n Ambas enfrentam dificuldades para acompanhar as mudanças\n tecnológicas que ameaçam a indústria da mídia e para enfrentar os danos\n causados pela recessão na Itália, que enfraqueceu o mercado publicitário. \n \n \n \n \n