Correio do Estado/LD
ImprimirFocos de calor reduziram 42% no mês de julho de 2022 em Mato Grosso do Sul, em comparação ao mesmo período de 2021, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS).
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que 278 focos de calor foram registrados de 1º a 31º de julho de 2022 e 479 focos de 1º a 31 de julho de 2021.
Os focos reduziram em razão da variação de chuvas, empenho de militares do CBMMS e ações de combate, prevenção e monitoramento de incêndios florestais na região do Pantanal.
Aproximadamente 100 militares do Corpo de Bombeiros foram empenhados no combate ao fogo no bioma pantaneiro, segundo o major e comandante da Operação Pantanal 2022, Shiroma.
“Só nos últimos quinze dias as guarnições visitaram 83 propriedades rurais com intuito de orientar os proprietários e responsáveis sobre os cuidados para prevenção dos incêndios, bem como, realizar o mapeamento das rotas estratégicas para um eventual combate”.
O capitão e Chefe de Operações e Oficial de Informações Públicas, Eliel Rodrigues, afirmou que o plano é prevenir para não ocorrer incêndios.
“O objetivo é trabalhar na prevenção para que os focos não ocorram. Mas como é sabido que somente a prevenção não é suficiente, realizamos o monitoramento em diversas plataformas para tentar localizar os pontos de calor o mais breve possível para despachar as viaturas para os combates”.
Apesar da estabilidade, o Pantanal é a área mais crítica de queimadas em Mato Grosso do Sul em razão do difícil acesso.
“Tem regiões no Pantanal que a gente demora 20/22 horas de estrada de chão pra conseguir alcançar o local. O único problema que a gente tem no combate ao incêndio no Pantanal é o tempo de resposta, é o acesso, porque quando a gente chega lá a gente resolve. A questão do acesso é que a nossa grande dificuldade”.
O comandante do CBMMS, Hugo Djan Leite, afirmou em 27 de junho de 2022, que a situação está sob controle neste ano em Mato Grosso do Sul, que não há nenhum incêndio grandioso e que a expectativa é que não haja grandes queimadas nesta estação de inverno.
“Teremos incêndio sim, encararemos as grandes estiagens como fizemos no ano passado, [mas] a minha visão é que não existam mais as grandes queimadas e os grandes incêndios”.
Proibido Queimas controladas estão proibidas até 31 de dezembro de 2022 no Pantanal. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
Com isso, todo e qualquer tipo de manejo de fogo, inclusive queimada autorizada, estão suspensas até o fim do ano. A medida vale para todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul.
Durante o período, a emissão de novas permissões para queimas autorizadas na região também está suspensa.
Portaria do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) afirmou que a medida foi tomada considerando os graves riscos ambientais referentes à perda de controle do fogo em decorrência das condições climáticas.
Como evitar queimadas? Existem maneiras de evitar queimadas urbanas e rurais. Confira:
Manter terrenos limpos
Não jogue bituca de cigarro em terrenos
Não queime áreas de plantação
Acampou? Apague a fogueira com água ou abafe com terra
Ao ver focos de incêndio, ligue para o Corpo de Bombeiros por meio do número 193
De acordo com o coronel do CBMMS, Huesley Paulo da Silva, as queimadas são prejudiciais para o meio ambiente e saúde humana.
"Tem consequências para a saúde, idosos, crianças, nessa época agora aumenta a incidência de problemas respiratórios. Nossos postos de saúde entram em colapso até por causa da época, aí vem as queimadas para piorar mais ainda. Aí tem a questão da visibilidade, pode ocorrer acidentes".
Junho, julho, agosto e setembro são os meses do ano em que queimadas ocorrem com maior frequência.