\n \n O\n governo boliviano está atento ao fluxo migratório de haitianos e não permitirá\n qualquer "abuso ou malfeito" de bolivianos que porventura estejam\n atuando nas migrações até Brasileia (AC). O cônsul da Bolívia no município,\n José Luis Méndez Chaurara, ressaltou que para tomar as devidas providências\n necessita de formalização de denúncias de imigrantes que chegam à cidade\n acriana em busca de melhor condição de vida no Brasil.\n \n O\n cônsul disse que até o momento as informações que chegaram às autoridades da\n Bolívia é que não há registro de mortos na rota usada para atravessar a\n fronteira e que os haitianos fazem todo esse percurso encapuzados. "Se\n identificarmos qualquer tráfico [de haitianos que envolva cidadão boliviano]\n agiremos dentro das normas legais e levando em conta as questões\n humanitárias", disse José Luis Méndez.\n \n O\n secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse à\n Agência Brasil que o governador Tião Viana já encaminhou informações ao\n ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, para que entre em contato\n com os representantes dos governos da Bolívia e do Peru, no Brasil. A\n finalidade é tomar as devidas providências sobre qualquer tráfico internacional\n que tenha como rota os dois países e eventuais participações de bolivianos e\n peruanos.\n \n Mourão\n informou ainda que esta semana deve chegar uma autoridade do governo boliviano\n à cidade de Cobija para investigar o envolvimento de cidadão do país nessa\n possível rota de tráfico. “A informação que temos é que os haitianos compram\n pacotes em agências de turismo da República Dominicana e, a partir de lá, fazem\n toda rota até chegar ao Brasil. Nesse processo pode existir pessoas\n interessadas em ganhar dinheiro o que descaracteriza qualquer questão\n humanitária."\n \n Desde\n ontem (9), a Polícia Federal em parceria com o governo do estado e a prefeitura\n de Brasileia passou a emitir 40 vistos por dia o que tem facilitado a\n contratação de mão de obra por empresas brasileiras. Nilson Mourão informou que\n só hoje três empresas, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e Minas Gerais,\n estão em Brasileia para formalizar essas contratações.\n \n \n \n